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Tyson Fury se arrepende de machismo na carreira: "Me perdi no personagem"

Tyson Fury celebra vitória sobre Tom Schwarz - Mike Segar/Reuters
Tyson Fury celebra vitória sobre Tom Schwarz Imagem: Mike Segar/Reuters
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/11/2019 12h56

Em novembro de 2015, o boxeador britânico Tyson Fury passou aproximadamente 30 meses longe dos ringues pensando sobre a própria vida. Visto como polêmico, ele chegou a se desculpar por fazer críticas sobre mulheres e homossexualidade.

"Eu vesti um personagem, sendo arrogante e idiota", escreveu o lutador em seu novo livro. "Eu me perdi nesse personagem."

Hoje, com 31 anos de idade, Fury acredita que o momento de reflexão foi importante para que ele se arrependesse da postura adotada.

"Eu senti que precisava atuar em um papel para procurar publicidade e, para fazer isso, eu precisava ser controverso e deixar as pessoas chocadas. Só que fazer isso me levou a um lugar de não saber mais o que era real ou não", disse.

Um dos momentos mais polêmicos de Fury foi quando ele derrotou Wladimir Klitschko, lutador ucraniano que ficou 11 anos invicto. Após a luta, o britânico disparou contra mulheres.

"Eu não sou machista. Eu acredito que o melhor lugar para mulheres é na cozinha, isso é o que pessoalmente acredito. Fazendo um chá para mim, é isso que eu acredito", disparou.

As declarações fizeram com que mais de 140 mil pessoas assinassem uma petição pedindo para o nome do lutador ser excluído da lista de Atletas do Ano, da BBC.

Hoje arrependido, o boxeador lamenta que sua postura tenha machucado outras pessoas, principalmente a mulher, Paris.

"Eu realmente não consigo expressar em palavras o quanto significa a Paris ter ficado comigo. Ela não merecia isso", afirma.

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