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Semenya é liberada temporariamente e não precisará reduzir testosterona

Caster Semenya, da África do Sul, antes dos 800 m rasos no Mundial de Londres - David Ramos/Getty Images
Caster Semenya, da África do Sul, antes dos 800 m rasos no Mundial de Londres Imagem: David Ramos/Getty Images
do UOL

Do UOL, em São Paulo (SP)

03/06/2019 14h09

A bicampeã olímpica Caster Semenya está liberada para competir. Depois de ser impedida de correr por conta das novas medidas da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), a sul-africana teve o direito concedido hoje (3), ainda que temporariamente, após decisão de um tribunal suíço.

A informação foi divulgada pela "BBC Sport", da Inglaterra, que confirmou a liberação junto à equipe jurídica da atleta. "Sou grata aos juízes suíços por esta decisão", disse a corredora.

No começo de maio, Semenya apelou à Corte Arbitral do Esporte (CAS) em relação aos novos níveis de testosterona exigidos como limite para competições femininas pela IAAF, mas perdeu. Desta forma, ela estava impedida de competir e precisava baixar o nível do hormônio para disputar as provas de 800 m, sua especialidade.

O apelo de Caster Semenya ao Tribunal Federal da Suíça citou "a necessidade de defender os direitos humanos fundamentais". "O tribunal concedeu uma proteção temporária bem-vinda a Caster Semenya", disse o responsável legal, Dorothee Schramm.

Em seu julgamento no começo de maio, o CAS afirmou que regras com diferenças de desenvolvimento sexual, as chamadas DSD, eram discriminatórias, mas concluiu que a discriminação era "necessária, razoável e proporcional" para proteger "a integridade do atletismo feminino".

A nova regulamentação da IAAF compreende corridas entre as distâncias de 400 metros e 1.500 metros. No período suspensa, a sul-africana, bicampeã olímpica e mundial nos 800 m, manteve todos os títulos conquistados, pois eles estavam submetidos à antiga regulamentação.

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