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Fifa retira do Peru a organização do Mundial Sub-17

22/02/2019 22h23

Lima, 23 Fev 2019 (AFP) - A Federação Internacional de Futebol (Fifa) anunciou nesta sexta-feira, em um comunicado, sua decisão de retirar a sede do Mundial Sub-17 masculino deste ano do Peru.

"Após várias visitas de inspeção da Fifa e reuniões mantidas com a Federação Peruana de Futebol (FPF), e levando em conta diversos assuntos relativos à organização e à infraestrutura que afetam a adequada realização do torneio, o Conselho da Fifa decidiu que a Copa do Mundo Sub-17 da Fifa não será disputada no Peru", comunicou a Fifa no breve texto.

"A Fifa deseja expressar seu agradecimento à FPF e às autoridades peruanas por seus esforços e manifesta sua abertura a organizar um torneio no Peru no futuro", apontou a entidade máxima do futebol mundial.

Em seu comunicado, a Fifa indica que está "avaliando diversas alternativas relativas ao nomeação do novo país organizador da competição" e que "detalhes adicionais" serão anunciados "em seu devido tempo".

O Mundial Sub-17 de 2019 ia ser disputado do 5 ao 27 de outubro e ia ser a segunda vez que o Peru abrigaria essa competição juvenil, depois de já ter sido a sede em 2005, quando o México foi campeão.

No país andino, as reações não demoraram e as autoridades futebolísticas lamentaram a decisão da Fifa.

"A FPF e o Comitê Organizador Local (COL) lamentam a decisão da Fifa e nos comprometemos a continuar trabalhando conjuntamente para poder apresentar nossa candidatura e poder realizar o sonho de termos um mundial no país", respondeu a federação local em outro comunicado.

No entanto, a FPF admitiu na mesma nota que não cumpriu com o mínimo exigido.

"Apesar dos grandes esforços realizados para levar adiante o Mundial Sub-17 não foi possível preencher a totalidade dos requisitos solicitados pela Fifa, principalmente com a Garantia Governamental N° 8 relacionada ao tratamento dos impostos", reconheceu a FPF.

A federação peruana vive uma situação de instabilidade após a detenção com prisão preventiva de seu presidente Edwin Oviedo, acusado de ordenar os homicídios de dois sindicalistas, deixando por enquanto o vice-presidente Agustín Lozano a cargo do organismo futebolístico.

Já no início do ano, o próprio Lozano alertou que a organização do Mundial Sub-17 era incerta.

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