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Presidente do Inter veta saída do RS: 'Não vamos abandonar nosso povo'

Alessandro Barcellos, presidente do Internacional - Ricardo Duarte/Internacional
Alessandro Barcellos, presidente do Internacional Imagem: Ricardo Duarte/Internacional

08/05/2024 14h53

As enchentes estão assolando o estado do Rio Grande do Sul nesta abertura de maio. O estrago causado pelas fortes chuvas impactou no futebol, com partidas de times gaúchos sendo adiadas pela CBF e Conmebol e estádios como Beira-Rio e Arena Grêmio alagados.

O presidente do Internacional Alessandro Barcellos manifestou que, apesar de iniciativas de acolhimento de clubes de outros estados, não pretende deixar o Rio Grande do Sul para retomar as atividades esportivas.

"Queria deixar um recardo em torno dessa informação que os clubes estão dispondo suas estruturas, a gente agradece. Mas quero deixar muito claro que nós não vamos abandonar nosso povo nesse momento. Não vamos sair do Rio Grande do Sul e deixar nosso povo sofrendo. Isso é fundamental nesse momento. Fica essa mensagem de agradecimento a todos, mas com um pedido de compreensão para que a gente possa achar uma solução que pense nos milhões de pessoas atingidas por essa tragédia", disse em entrevista ao programa Seleção Sportv.

Apesar de reconhecer esse esforço coletivo, Barcellos disse que não existe um consenso entre os times sobre a forma que devem ser conduzidos os campeonatos em meio à tragédia no Rio Grande do Sul.

"Há uma comoção, no sentido de produzir uma ajuda. Então, isso tem total respaldo dos clubes. Agora, quando entra na questão do futebol, do campeonato, a gente sabe que tem posicionamentos diferentes. A partir dessa possibilidade de estar dando a dimensão e construindo uma realidade coletiva fora do Rio Grande do Sul que realmente possa compreender esse momento e que somos o único país para que a gente possa salvar as vidas e depois um processo de reconstrução", declarou.

Com a tragédia, clubes de fora do estado afetado estão realizando campanhas de doações para as vítimas e colocando a sua estrutura esportiva à disposição. O mandatário valorizou a união.

"A segunda questão é que eu tenho recebido manifestação de todos os clubes do Brasil, de presidentes que estão fazendo campanhas de doação, que estão enviando materiais. O Criciúma, só para dar o exemplo, não quero ser injusto com os outros, são 10 caminhões que estão vindo, com mantimento, com materiais de doação. Eu vi hoje uma matéria que tem um fila de doação no Sport, em Recife. Então, tem essa manifestação, de presidentes de fora, como do River Plate, Peñarol", completou.

O dirigente ainda apresentou uma estimativa para quando a casa colorada estará disponível para uso.

"Sobre, o Beira-Rio são estimativas, porque não se tem noção real do estrago, mas sim minimamente 60 dias após as águas baixarem. As águas vão demorar para baixar. Outra grande enchente, em 1941, que foi menor do que essa segundo informações técnicas demorou 32, 31 dias para se restabelecer a condição mínima de recuo das águas. Se você botar 60 mais 30, estamos falando de 90 dias. Então, são 90 dias no mínimo olhando para isso como algo necessário".

Por conta das consequências das fortes chuvas, o Internacional teve oito jogos adiados até o momento, com quatro pelo Brasileirão (Cruzeiro, Juventude, Cuiabá e São Paulo), dois pela Copa do Brasil (Juventude) e dois pela Sul-Americana (Real Tomayapo e Delfin).

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