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Esquemas de Sampaoli começam a demonstrar padrões como mandante e visitante

Jorge Sampaoli observa jogo entre Santos x Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro - Bruno Ulivieri/Agif
Jorge Sampaoli observa jogo entre Santos x Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro Imagem: Bruno Ulivieri/Agif
do UOL

Eder Traskini

Colaboração para o UOL, em Santos

16/10/2019 04h00

Adivinhar as escalações do Santos e o sistema da vez de Jorge Sampaoli a cada rodada do Brasileirão tem sido exercício desafiador para muitos torcedores. Mas, com o acúmulo de jogos sob o comando do argentino, já é possível identificar um padrão de esquema para jogos como mandante e visitante. Desde que de fato estabeleceu a formação com três zagueiros no time titular, o treinador mantém um padrão com poucas ressalvas: dois zagueiros de ofício em casa e três fora.

O esquema com o trio numa primeira linha defensiva ganhou corpo na largada do campeonato, contra o Grêmio, fora de casa. Antes disso, Sampaoli só havia usado o desenho tático em três oportunidades no ano: contra Bragantino e Botafogo, pelo Paulistão, e diante do Altos-PI, pela Copa do Brasil.

Desde então, foram 14 jogos longe de sua torcida e apenas dois sem três zagueiros de ofício na escalação inicial: contra o Ceará e o Cruzeiro. Diante da equipe cearense, porém, o lateral-esquerdo Jorge atuou como zagueiro pela esquerda, deixando Copete na ala.

O Santos atuou 13 vezes em casa após o início do Brasileirão, contando também a Copa do Brasil, e utilizou dois zagueiros de ofício em dez jogos. As únicas três partidas com três autênticos zagueiros dentro da Vila Belmiro ocorreram diante de Fluminense, Atlético-MG e Athletico-PR.

Não dá para dizer que o Peixe de Sampaoli atua quase sempre no 3-4-3 quando fora de casa, já que em grande parte das vezes um dos zagueiros faz um papel de "falso lateral" pela direita, com Lucas Veríssimo, ou pela esquerda, com Luan Peres. Além disso, a equipe do argentino costuma utilizar desenhos táticos diferentes quando tem a bola e quando não está com a posse.

Ainda assim, o "padrão" ajuda na hora de tentar imaginar o time que o argentino vai escalar para o próximo duelo, visto que o constante rodízio levou o Santos a ter 50 escalações diferentes em 52 jogos no ano.

"Cada jogo de uma maneira. Eu fui de lateral esquerdo, dessa vez foi o Veríssimo. Temos maior precaução fora de casa, principalmente, entrando com três zagueiros, com homens mais defensivos. A gente continua jogando nosso futebol na parte ofensiva. Exalto os pontas que voltam para marcar, não dá para marcar com quatro ou cinco. Sistema defensivo e equipe inteira estão de parabéns na recomposição", afirmou recentemente o zagueiro Luan Peres, valorizando os quatro jogos consecutivos sem sofrer gols.

No período citado, desde o início do Brasileirão, o aproveitamento do Santos em casa é, conforme esperado, melhor do que fora. Mas o time também tem conseguido somar seus pontos quando na estrada: 69% de aproveitamento ao lado do seu torcedor contra 52% longe de seus domínios. Ou seja, o esquema com três defensores, criticado por parte da torcida, também funciona no Peixe de Sampaoli.

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