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Fila com mais de 200 alpinistas provoca congestionamento no topo do Everest

Frank Bienewald/LightRocket via Getty Images
Imagem: Frank Bienewald/LightRocket via Getty Images

Da EFE, em Katmandu (Nepal)

22/05/2019 13h37

Mais de 200 alpinistas realizaram hoje a subida ao cume do Everest, o que rendeu um recorde de escaladas em um mesmo dia, mas também criou problemas, como uma fila de várias horas para chegar ao topo.

No acampamento-base, o representante do Ministério do Turismo do Nepal Gyanendra Shrestha confirmou à Agência Efe que cerca de 250 alpinistas saíram do Campo IV, localizado a 7,9 mil metros de altitude, durante a madrugada. Mais de 200 deles chegaram ao "teto do mundo", a 8.848 metros.

As boas condições meteorológicas e a previsão de mau tempo para a próxima semana fizeram com que muitos optassem por subir hoje.

No entanto, muitos alpinistas reclamaram de ter que esperar por "horas" em longas filas devido ao congestionamento até cume da Face Sul (8.690 metros), afirmou Shrestha.

Situação similar aconteceu em 2012, quando 260 montanhistas tentaram subir em um mesmo dia aproveitando o bom tempo, o que causou um congestionamento no famoso degrau Hillary, uma rocha vertical de 12 metros que representava o último grande obstáculo antes chegar ao topo, mas que desapareceu em 2017.

Naquela ocasião, 179 pessoas chegaram aos 8.848 metros e quatro - o chinês Ha Wenyi, o alemão Eberhard Schaaf, o canadense de origem nepalesa Shriya Shah e o sul-coreano Song Won-bin - morreram por cansaço e efeitos da altitude quando desciam.

O congestionamento é um grande perigo para os alpinistas e sherpas, já que cada minuto é importante quando há dependência de cilindros de oxigênio para sobreviver.

O Departamento de Turismo do Nepal emitiu 378 permissões de escaladas nesta temporada, um recorde histórico desde a primeira ascensão bem-sucedida ao Everest em 1953.

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