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Novo teste: Corinthians revê maior vítima do ano em meio a bastidor quente

do UOL

Do UOL, em São Paulo

07/05/2024 04h00

O Corinthians volta a encarar o Nacional-PAR, sua maior vítima do ano, em busca de se afirmar em campo e reagir na temporada. Enquanto isso, o Parque São Jorge voltar a ter bastidores quentes.

Afirmação contra paraguaios

O Corinthians vem de três jogos de invencibilidade e com atuações um tanto quanto animadoras. A equipe venceu o Fluminense com autoridade, mostrou "casca" ao virar sobre o América-RN e empatou com o Fortaleza em partida de exibição de gala do goleiro adversário.

Neste período, o alvinegro precisou "trocar o pneu com o carro andando" e encontrou soluções contra resultados e ausências. Titulares habituais, Gustavo Henrique e Yuri Alberto viraram desfalques, enquanto Maycon sofreu grave lesão e não deve retornar em 2024. Já Igor Coronado, grande contratação da temporada, ainda não embalou, e o ídolo Cássio foi para o banco de reservas.

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Carlos Miguel, goleiro do Corinthians, no jogo contra o América-RN, pela Copa do Brasil
Imagem: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Por outro lado, Carlos Miguel assumiu o posto no gol, Cacá aproveitou as oportunidades na zaga e Breno Bidon se firmou no meio. Além deles, Romero vem agradando como centroavante, Gustavo Mosquito voltou a ter chances e Paulinho virou um "reforço caseiro", embora ainda não tenha adquirido sequência. Nas laterais, Matheuzinho e Bidu também foram testados por António Oliveira.

Aqui, não há titulares ou reservas, mas rendimentos. Cada um tem que agarrar a oportunidade e, depois, cabe ao treinador. Conto com todos. (...) Eu vivo no dia a dia, então no CT vamos ver quem pode nos ajudar e criar mais opções. Temos sido castigados por lesões. Temos o Pedro Henrique fora, o Gustavo, o Coronado, o Yuri, o Palacios... é importante ter todos disponíveis. Há uns que estão mais perto: penso que o Gustavo e o Yuri estão mais perto de voltar. António Oliveira, em entrevista coletiva

O técnico ganhou uma trégua da desconfiança externa que crescia diante dos resultados negativos. A série de quatro tropeços seguidos — contra Atlético-MG, Juventude, Bragantino e Argentinos Juniors — gerou críticas sobre o trabalho do português, que conseguiu ajustar a equipe diante de outro obstáculo: a maratona de jogos, com três compromissos em seis dias.

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Wesley, do Corinthians, em ação contra o Nacional-PAR, pela Sul-Americana
Imagem: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

O Corinthians revê sua maior vítima no ano também querendo mostrar força para consolidar a reação na temporada. Com quatro pontos no Grupo F da Sul-Americana, o clube está em terceiro e precisa vencer para sonhar com classificação. O compromisso seguinte será contra o Flamengo, pelo Brasileirão, competição na qual o alvinegro está em 14º.

Não há rodagem de elenco. Uso aqueles que sinto que são os melhores para a competição. Não é baixar a guarda na Sul-Americana, mas é evidente que nossa prioridade é o Brasileirão, não vou esconder. Claro que as Copas são boas oportunidades que temos de subir degrau a degrau, queremos continuar nelas. Na terça, temos um jogo muito importante, mais uma vez vamos jogar para ganhar e não vai haver ninguém poupado. Será aquilo que sinto que é o melhor para o jogo. António Oliveira

Parque São Jorge esquentando

Se em campo o Corinthians acena para certa estabilidade, os bastidores do clube pegam fogo. Desavenças e trocas de farpas públicas movimentaram a atmosfera interna nas últimas semanas.

Rubão foi desligado da diretoria do Corinthians após desavenças com presidente - Ettore Chiereguini/Agif - Ettore Chiereguini/Agif
Rubão foi desligado da diretoria do Corinthians após desavenças com presidente
Imagem: Ettore Chiereguini/Agif

A relação tensa resultou na queda de Rubão da direção de futebol — antes disso, o jornalista Wagner Vilaron também havia sido desligado em meio ao fogo cruzado na diretoria.

O antigo aliado de Augusto Melo saiu atirando e deu gás às polêmicas. O agora ex-diretor participou no último final de semana do programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, e comentou temas espinhosos envolvendo seu atrito com seu superior direto, de quem foi um dos maiores apoiadores durante a campanha presidencial.

O episódio gerou expectativa por uma resposta do presidente do clube. Com quatro meses de gestão, Augusto Melo ainda não se pronunciou sobre as declarações de Rubão.

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