Sem verba, atletas brasileiros podem ficar fora das Olimpíadas Especiais
A menos de um mês do Special Olympics World Games 2019, as Olimpíadas Especiais, os atletas brasileiros que são promessa de medalha para o país podem ficar de fora da competição por falta de patrocínio. O segundo maior evento esportivo do mundo, atrás apenas dos Jogos Olímpicos, acontece entre os dias 14 e 21 de março, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, e promove o esporte para pessoas com deficiência intelectual.
Na última edição dos Jogos, em 2015, o Governo Federal arcou com as passagens aéreas por meio do programa de incentivo ao esporte, do Ministério do Esporte. Neste ano, contudo, o valor ainda não foi liberado. Procurada pelo BOL, a Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania, informou por meio de nota que tem atuado em conjunto com a Special Olympics Brasil, organização que capacita os técnicos dos atletas no país, para viabilizar parcerias e garantir a participação nas Olimpíadas Especiais.
Além disso, o presidente do movimento no Brasil, George Millard, criou a própria campanha para juntar o montante por meio de uma vaquinha virtual. O dinheiro arrecadado até o momento, no entanto, não chega nem a 1% do total da meta.
O Brasil, país que, de acordo com os dados do IBGE, tem mais de 13 milhões de pessoas com deficiência intelectual, está inscrito em 10 modalidades esportivas (atletismo, basquete, bocha, futebol, natação, ginástica rítmica, tênis, tênis de mesa, vôlei de praia e judô). A delegação brasileira que está se preparando para a competição mundial é composta por 100 pessoas, sendo 56 atletas especiais, 17 atletas parceiros, treinadores e staff.
Só nos últimos Jogos, o Brasil conquistou 38 medalhas. Segundo a organização do evento, todos os atletas participantes são premiados, independentemente da classificação, e não há um ranking de países.
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