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Chutões, sofrimento e alívio: o mais importante da classificação do Vasco

07/02/2019 00h45

De maneira dramática, o Vasco conseguiu o empate em 2 a 2 diante da Juazeirense, na Bahia, e a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil. A atuação da equipe de Alberto Valentim, contudo, ficou longe de agradar. O Cruz-Maltino não conseguiu ter o controle do duelo e erros infantis quase resultaram em uma eliminação que prejudicaria todo o planejamento para 2019. O LANCE! destacou o que aconteceu de mais importante nesta quarta.

Agora, o Vasco volta as atenções para o Campeonato Estadual. No próximo domingo, enfrenta o Resende por uma vaga na final da Taça Guanabara. O adversário na próximo fase da Copa do Brasil será conhecido na próxima quarta, quando Serra, do Espírito Santo, recebe o Remo no Estádio Robertão.

DESORGANIZADO, DEFESA ABUSA DOS CHUTÕES

A dificuldade da equipe do Vasco em sair com a bola no chão foi evidente. O gramado ruim contribuiu, mas não pode servir como explicação. Faltou aproximação dos meias e o zagueiros, muitas vezes, se viam obrigados a arriscarem lançamentos, tentando a ligação direta com Maxi López. A estratégia não teve sucesso e o Cruz-Maltino terminou a partida com menos finalizações certas do que a Juazeirense: 9 a 6 para os donos da casa.

A equipe de Alberto Valentim trocou 283 passes com um aproveitamento de 86,9% - foram 37 passes errados. Um número que pode ser considerado baixo, visto que o Vasco teve maior posse de bola (55,3%) e arriscou 43 lançamentos, dos quais 18 saíram dos pés dos zagueiros Werley e Leandro Castán. Inclusive, Castán foi quem mais ficou com a bola entre os jogadores do Vasco no jogo.

ESTRELAS ESCAPAM DE ATUAÇÃO RUIM COLETIVA

Em meio à fraca atuação coletiva, Maxi Lópéz e Bruno César, principais nomes do Vasco para 2019, conseguiram protagonizar bons momentos de futebol no Adauto Moraes. Em sua primeira partida como titular, o meio-campista atuou por 65 minutos. Foi bem, especialmente, na primeira etapa e terminou o jogo com quatro assistências para finalização. O lance do gol de Yan Sassé teve como origem uma bela enfiada de Bruno César para o lateral-direito Cáceres.

Além da tranquilidade para cobrar o pênalti aos 45 minutos da etapa final e garantir a classificação, Maxi López também participou das principais jogadas de ataque do Vasco na partida. Inclusive, deu assistência para o primeiro gol. Foram três finalizações do atacante, que recebeu poucas bolas em condições.

ERROS INFANTIS DA DEFESA

A Juazeirense, de nível técnico fraco, aproveitou bem os vacilos da defesa vascaína. Foram nestes momentos que a equipe da Bahia marcou os gols, virando o placar, e ficando bem perto da classificação. No lance em que Gustavo Balotelli marcou, o lateral Cáceres foi facilmente vencido no corpo, mas não houve cobertura dos zagueiros ou volante.. A defesa, como um todo, correu para dentro da área e deixou o atacante adversário livre para finalizar.

O pênalti cometido por Leandro Castán foi ainda mais infantil, puxando a camisa de Balotelli dentro da área. Nino Guerreiro cobrou com categoria e colocou a Juazeirense na frente do placar. Quem "salvou a pele" do zagueiro foi Marrony, que sofreu pênalti, e Maxi López, que garantiu o empate e a vaga.

GRAMADO RUIM, PARALISAÇÃO E CONFUSÃO

Um problema com as quatro torres de iluminação do Estádio Adauto Moraes paralisou a partida por 26 minutos, dos 16 aos 42 minutos da segunda etapa. Assim, o confronto - que teve sete minutos de acréscimo - rolou até os 78 minutos. Ainda houve uma confusão entre os times após o gol de Máxi Lopez.

Além da queda de energia, o Estádio Adauto Moraes estava com o gramado prejudicado, o que dificultou, e muito, a troca de passes durante a partida.

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