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Autora de Harry Potter é ameaçada após apoio a Rushdie; polícia investiga

J. K. Rowling, autora de "Harry Potter" - Taylor Hill/FilmMagic
J. K. Rowling, autora de "Harry Potter" Imagem: Taylor Hill/FilmMagic
do UOL

Colaboração para Splash, em Pernambuco

14/08/2022 19h24Atualizada em 14/08/2022 21h01

A polícia do Reino Unido está investigando uma ameaça de morte recebida por J.K Rowling, autora da série de livros "Harry Potter", após ela ter declarado apoio a Salman Rushdie, escritor esfaqueado na última sexta.

No Twitter, JK Rowling lamentou o ataque.e disse que se sentiu "muito mal" depois de ouvir a notícia e espera que o romancista "fique bem".

Em resposta a autora, um usuário do Twitter disse "não se preocupe, você é a próxima".

Rowling compartilhou um print da resposta, afirmando que levou o caso às autoridades. "Para todos que enviaram mensagens de apoio, obrigado. A polícia está envolvida (e já esteve envolvida em outras ameaças)", escreveu.

De acordo com a BBC, um porta-voz da polícia do Reino Unido afirmou que "recebemos uma queixa de ameaça feita pela internet e os policiais já estão realizando investigações".

A Warner Bros, que produziu os filmes baseados na série de livros escrita por Rowling, declarou que condena veementemente as ameaças contra a escritora.

"Estamos com ela e com todos os autores, contadores de histórias e criadores que corajosamente expressam criatividade e opiniões", declarou a Warner.

O ataque

Salman Rushdie, 75, autor anglo-indiano que foi ameaçado de morte no Irã na década de 80 devido a suas publicações, foi esfaqueado quando estava prestes a dar uma palestra no oeste de Nova York.

O ataque foi testemunhado por um repórter da Associated Press, que viu um homem invadir o palco da instituição onde Salman palestraria e começar a socá-lo e esfaqueá-lo, no momento em que o autor era apresentado, segundo a BBC.

Testemunhas afirmaram que o autor conseguiu sair do palco com ajuda e o agressor foi contido.

Salman participava de uma discussão sobre os Estados Unidos como asilo para escritores e outros artistas no exílio e como um lar para a liberdade de expressão criativa.

O livro "Os Versos Satânicos" do autor é proibido no Irã desde 1988, pois muitos muçulmanos o consideram uma blasfêmia. Um ano depois, o falecido líder do Irã, o aiatolá Ruhollah Khomeini pediu a morte de Salman, com uma recompensa sendo oferecida.

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