Mercado de arte de Paris colhe benefícios da incerteza do Brexit
PARIS (Reuters) - O cenário artístico de Paris acredita que está ganhando com a incerteza do Brexit, já que mais galerias estão sendo abertas na capital francesa, atualmente sede da gigante feira de arte FIAC.
As galerias de arte temem que a movimentação de obras de arte entre o Reino Unido e a Europa provavelmente se torne mais difícil e cara como resultado da saída britânica da União Europeia, o que poderia favorecer Paris.
A FIAC, que segue a feira Frieze desta semana em Londres, é um dos maiores mercados de arte contemporânea da Europa, apresentando uma vasta exibição de obras em locais pitorescos nos Jardins das Tulherias e no Grand Palais.
"Fazemos a FIAC há muitos anos, temos muitos clientes franceses e o momento é certo", disse James Green, diretor da David Zwirner Gallery, em Londres, sobre a abertura de uma nova galeria no elegante bairro de Marais este mês.
"E também, com o que está acontecendo no Reino Unido, ter um posto avançado europeu também é importante para a galeria."
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu que o Reino Unido deixará a UE em 31 de outubro, quer o Parlamento vote ou não o acordo que acabou de ser fechado em Bruxelas.
Embora os galeristas reconheçam que Londres continuará sendo o principal mercado de arte da Europa, devido à sua diversidade e atratividade para artistas e investidores, Paris aumentou sua participação nas vendas globais, e a edição de 2018 da FIAC teve uma pintura de Philip Guston, "Martyr", vendida por 6 milhões de dólares.
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