Governo búlgaro corta relações com federação local por racismo de torcedores
Sófia, 15 out (EFE).- O governo da Bulgária anunciou nesta terça-feira que cortou relações com a federação de futebol local e cobrou a renúncia do presidente da entidade, Borislav Mihaylov, que foi goleiro da seleção do país nas Copas do Mundo de 1986, 1994 e 1998.
A medida é uma reação aos atos de racismo registrados ontem, durante partida entre búlgaros e ingleses, realizada no Estádio Nacional, em Sófia, que terminou com goleada dos visitantes por 6 a 0, pelas Eliminatórias para a Eurocopa de 2020.
"Depois dos incidentes de ontem, o primeiro-ministro (Boiko Borisov) ordenou que sejam canceladas todas as relações entre o governo, inclusive as financeiras, até a demissão do presidente da União Búlgara de Futebol", disse o ministro do Esporte do país, Krasen Kralev, em entrevista à emissora "Nova TV".
O diretor de comunicação da federação nacional, Hristo Zapryanov respondeu, em entrevista à emissora de rádio "BNR", e garantiu que o ex-goleiro não tem qualquer pretensão de renunciar ao cargo. Nesta sexta-feira, o mandatário da entidade concederá entrevista coletiva para falar sobre os incidentes durante o jogo.
Ontem, o duelo entre Bulgária e Inglaterra foi paralisado duas vezes pelo árbitro croata Ivan Bebek, devido as ofensas racistas proferidas por torcedores da seleção da casa aos jogadores adversários.
Um grupo foi flagrado durante a transmissão do jogo fazendo saudações nazistas e ostentando camisas ironizando a campanha de tolerância da Uefa, com frase em inglês que dizia "Sem Respeito".
A federação búlgara já foi punida anteriormente pela entidade continental, com a interdição de setores do Estádio Nacional, devido incidentes semelhantes. EFE
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