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Weinstein tem parte de condenações por abuso sexual e estupro anulada

Tribunal derruba condenações de Harvey Weinstein - STEPHANIE KEITH/AFP
Tribunal derruba condenações de Harvey Weinstein Imagem: STEPHANIE KEITH/AFP
do UOL

De Splash, em São Paulo

25/04/2024 10h52

Um tribunal de Nova York anulou condenações do produtor Harvey Weinstein por abuso sexual e estupro em nesta quinta-feira (25). Ele continuará preso, cumprindo sentença por crimes sexuais pelos quais foi condenado na Califórnia.

O que aconteceu

O tribunal decidiu que Weinstein não recebeu um julgamento justo na condenação de 2020. Dois motivos levaram os juízes do tribunal de apelações a anular a condenação: o juiz do caso permitiu que mulheres que não faziam parte do caso depusessem na condição de testemunhas e decidiu permitir que os promotores questionassem Weinstein sobre alegações antigas, das quais o produtor não foi acusado judicialmente, caso ele decidisse depor.

Weinstein foi condenado em Nova York em 2020 por abusar sexualmente de Miriam Haley em seu apartamento em 2006 e por estuprar Jessica Mann em um hotel em 2013. O produtor hollywoodiano foi um dos principais alvos do movimento #MeToo em 2017. As informações são do New York Times e da Variety.

Ele está preso em Nova York e será transferido para a Califórnia, para cumprir sentença por crimes sexuais pelos quais foi condenado no estado. Ele foi condenado em 2022, em outro julgamento, a 16 anos de prisão em Los Angeles por outros crimes sexuais.

Ainda não se sabe se haverá outro julgamento em Nova York. A decisão está nas mãos do promotor Alvin L. Bragg, que também atua no caso de Donald Trump. Em nota, uma porta-voz do gabinete de Bragg disse que a instituição "fará de tudo para julgar o caso novamente e para permanecer firme em seu compromisso com sobreviventes de abuso sexual."

O advogado do produtor comemorou a decisão e elogiou o tribunal por "defender os princípios mais básicos que um réu criminal deve ter em um julgamento". No recurso que levou à anulação, o advogado Arthur Aidala alegou que o caráter de Weinstein foi julgado, e não as acusações.

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