Masturbação não é necessidade: 10 coisas que você precisa saber sobre pênis
Conhecer o pênis e suas particularidades -não apenas no que se refere ao seu tamanho- pode ajudar homens e mulheres a terem uma vida sexual mais satisfatória.
A seguir, veja dez curiosidades sobre o órgão.
1 - Tamanho é documento?
O item é o primeiro da lista porque muitos homens ainda se preocupam com a medida do seu órgão sexual. De acordo com a SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), um pênis considerado normal mede de sete a 17 cm ereto. É importante frisar que potência e tamanho não são proporcionais.
Isso significa que a preocupação de não satisfazer a parceira por achar o membro pequeno é sem fundamento.
Apenas problemas físicos e psicológicos podem dificultar uma ereção, a conhecida disfunção erétil, mas isso não está relacionado ao tamanho do pênis. A encanação de não dar prazer à mulher também não faz sentido porque são os primeiro cinco centímetros de profundidade da vagina os mais ricos em terminações nervosas e, por isso, mais sensíveis.
2 - Não aumenta nem diminui durante a vida
Ainda a respeito do tamanho, o órgão não sofre alteração após chegar ao tamanho adulto, o que acontece por volta dos 18 anos. As cirurgias para aumentar o pênis não são indicadas por motivos estéticos e, mesmo em casos de micropênis (quando não atinge 2,5 cm flácido ou 7,5 cm ereto), os ganhos são pequenos e os riscos muito grandes. Procedimentos cirúrgicos com essa finalidade podem provocar instabilidade do membro em ereção, limitar a capacidade de penetração e, consequentemente, prejudicar a vida sexual do indivíduo.
3 - Pode parecer menor do que é
A maioria que acha ter o pênis pequeno está enganada. O que acontece é que, quando esses homens vão comparar seus órgãos, em um vestiário, por exemplo, estão em situação de estresse, tensos. O pênis tem um músculo chamado dartos, localizado abaixo do saco escrotal, que diante de momentos assim se contrai, fazendo com que o órgão pareça menor do que é. Para comparar, é só observar como ele reage diante do frio também.
4 - Sensibilidade
A glande, mais popularmente conhecida como cabeça do pênis, é a parte mais sensível do órgão sexual masculino. Não é possível afirmar o número de terminações nervosas que ela tem (nem do pênis como um todo), mas a região proporciona bastante prazer ao homem. Por ser muito sensível, deve ser estimulada adequadamente. Toques intensos e forte fricção podem gerar mais desconforto do que prazer.
5 - Temperatura dos testículos
A região também apresenta sensibilidade aflorada, pois é composta de glândulas vascularizadas, por onde passa a corrente sanguínea. Produz espermatozoides e testosterona (hormônio) e por isso precisa ficar um grau abaixo da temperatura interna do abdômen, que é de 37ºC. Números acima disso podem prejudicar a fertilidade masculina.
Dormir sem cueca ajuda a manter a temperatura ideal dos testículos, favorecendo a produção e a qualidade dos espermatozoides.
6 - Masturbação não é necessidade
Alguns homens dizem que ficar muito tempo sem ejacular pode ser prejudicial, "pesa" o saco escrotal e outros tantos argumentos. Tudo mito. Segundo os especialistas, não existe nenhuma razão fisiológica para colocar o sêmen para fora do corpo, já que ele pode ser reabsorvido pelo organismo.
Essa necessidade é algo cultural, puramente pelo prazer que o orgasmo causa, com sexo a dois ou masturbação. A ejaculação não é fundamental para a saúde sexual, não existe nenhum estudo científico quanto a isso.
7 - Circuncisão não afeta sensibilidade
A postectomia é a cirurgia feita para retirada do prepúcio —dobra de duas camadas de pele e mucosa que cobre a glande do pênis. O procedimento não é obrigatório, mas se faz necessário em algumas situações, como quando o homem apresenta balanopostite (inflamação por fungo na região) e por motivos religiosos (caso dos judeus).
Como a sensibilidade está na glande, retirar o prepúcio em nada a afeta. Porém, quando o procedimento é feito em um homem já adulto, é preciso paciência, pois o lado psicológico pode fazer com que leve um tempo até que tudo volte ao normal. Se alguma dificuldade persistir, procure um médico.
8 - Pênis "quebra"
O órgão não tem osso, mas pode sofrer lesões nas cavidades cavernosas se for dobrado ou envergado rapidamente. A forma mais comum de acontecer é durante a relação sexual, quando a mulher está por cima. Com a ereção, o pênis se torna muito rígido e, se escapar durante o sexo, pode bater no períneo da mulher e lesionar gravemente. Faz um barulho, o homem sente muita dor e a ruptura é visível por causa da hemorragia, que o deixa com uma cor roxa escura.
Diante de um acidente como esse, é aconselhado procurar assistência médica imediatamente, pois o ferimento não vai se curar sozinho e, muitas vezes, uma cirurgia é necessária.
A sequela mais comum é a doença de Peyronie, que deixa o pênis torto quando está ereto e impede a penetração. Nesses casos, é preciso uma nova operação para corrigir. Esse tipo de caso é diferente do pênis torto congênito, que só é necessário reparar quando traz prejuízos para a vida sexual do homem.
9 - Ereções noturnas e orgasmo
Os homens passam 20% do tempo de sono com o pênis em ereção. Podem ocorrer várias, mais precisamente durante o sono REM (estágio no qual ocorrem os sonhos), e duram de 30 a 40 minutos cada uma. O homem só percebe a ereção quando desperta no meio da noite com vontade de fazer xixi, por exemplo.
Não é possível precisar o tempo médio de um orgasmo masculino, mas se estima que sejam milésimos de segundos. O assunto não é muito explorado porque os homens não têm tantas questões a respeito, como as mulheres, que nem sempre conseguem atingi-lo.
10 - Sinais de perigo e higiene
Os homens levam vantagem sobre as mulheres no que se refere a identificar problemas no órgão sexual. Como o pênis é externo, qualquer mancha ou sinal de que há algo errado é facilmente percebido. Se não surgiu por algo que justifique alteração, como uma masturbação mais intensa, o ideal é procurar um médico.
A falta de higiene da área está associada a várias doenças, não como causa, mas como agente facilitador. Por isso, lavar com água e sabonete toda a região genital e secar, sem deixar umidade, ajuda na prevenção. Para aqueles que têm prepúcio, puxar a pele e expor a glande para lavar também é importante.
Fontes:
- Antônio de Moraes Júnior, coordenador do Departamento de Andrologia da SBU
- Maria Cristina Romualdo, terapeuta sexual do Hospital São Paulo da Unifesp
- Moraes Júnior, urologista
- Sidney Glina, urologista do Hospital Albert Einstein, em São Paulo
*Com matéria publicada em 04/05/2015
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