Botafogo 'calculista' se depara com sufoco, mas fecha mês dos sonhos
O botafoguense mais desavisado que foi ao Estádio Nilton Santos na última quarta-feira, em duelo com o Cuiabá, pela segunda fase da Copa do Brasil, não estava ciente das barreiras que pintavam pela boa fase da equipe mato-grossense. O fato é que o placar final, 3 a 0 para o Botafogo, pode enganar quem não assistiu, uma vez que os visitantes foram bem e deram trabalho.
Bem postado e com as linhas altas em toda a peleja, o Cuiabá-MT sufocou o Botafogo no início dos dois tempos, sendo que, na etapa final, o placar já era favorável aos mandantes pelo placar mínimo.
Em coletiva, Zé Ricardo reconheceu o bom trabalho do técnico Itamar Schülle, que estava invicto no ano e comanda o líder do Estadual. Além disso, o treinador sublinhou o "risco calculado" com a entrada de Bochecha na vaga de Jean entre os titulares, visando um aumento de qualidade na construção de jogadas, em detrimento do poder de marcação.
- O que pude perceber é que o Itamar adiantou um de seus volantes e demoramos um pouco para fazer essa leitura da diagonal dos homens por dentro. A opção pelo Gustavo é porque sabíamos que precisávamos ter a bola, mesmo sem ter a proteção do Jean. Corremos um risco calculado. Partida desgastante pelo campo pesado. Cícero, Alex Santana, alguns ainda se recuperando de desconforto - comentou Zé.
O Botafogo, na maior parte do tempo, não se desesperou com a marcação pressão dos rivais e segurou as pontas nas investidas do Cuiabá. O Alvinegro foi premiado pela proposta impositiva e, embora tenha pecado na criação na etapa final, tem se consolidado pela solidez da equipe.
Após um janeiro de vexame e eliminação precoce na Taça Guanabara, o Bota entra em março com o moral elevado, uma vez que, em fevereiro, não perdeu. Foram seis jogos: cinco vitórias, um empate, 13 gols marcados e um sofrido.