Vista surreal a 91 metros de altura: o que já sabemos da roda gigante em SP

Noventa e um metros de altura, em uma área de 4,5 mil metros quadrados. A maior roda-gigante da América Latina, erguida no Parque Cândido Portinari, na zona oeste da capital de São Paulo, está 80% concluída.

De acordo com a empresa Big Wheel (SBPW), responsável pela construção, o empreendimento deverá receber os primeiros visitantes ainda em 2022. A previsão é de que os serviços sejam finalizados no decorrer do segundo semestre, sem data definida.

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Batizada de "Roda São Paulo", ela está instalada ao lado do Parque Villa-Lobos e é um dos itens que integram o projeto de ações do Governo do Estado para revitalizar a região do rio Pinheiros.

A empresa, classificada por meio de chamamento público, iniciou os trabalhos no segundo semestre de 2021. A primeira etapa compreendeu a limpeza do terreno e o isolamento da área de construção. Em março deste ano, com a chegada dos equipamentos importados, foi iniciada a montagem da infraestrutura.

Em nota enviada a Nossa, a SBPW diz que a roda-gigante supera as "instaladas em cidades como Paris e Chicago e abrigará 42 cabines de observação com capacidade para até dez pessoas, ar-condicionado, monitoramento por câmeras, interfones e wi-fi".

Em cada passeio, 420 pessoas poderão contemplar a paisagem. A estrutura também terá iluminação cênica, projetada para interagir com a cidade. A expectativa é de que cerca de um milhão de pessoas visitem o espaço a cada ano.

A empresa não divulgou o valor dos ingressos para a atração.

Localização privilegiada

O parque tem fácil acesso com linha de trem conectada a metrô, ônibus, além de ciclovias permanentes e ciclofaixas de lazer montadas aos domingos e feriados.

"Mais que um ícone da cidade, a Roda São Paulo será um novo motor de desenvolvimento, um agente de transformação, ao contribuir, no contexto do projeto do Governo do Estado de revitalização da região do rio Pinheiros, com a valorização dos imóveis, o surgimento de empreendimentos", afirma o CEO da SPBW, Marcelo Mugnaini.

Segundo Mugnaini, haverá também programa de educação ambiental para escolas públicas, e uma nova relação dos moradores e visitantes com São Paulo.

"Será um marco no desenvolvimento urbano e turístico da capital, que vai mostrar a cidade de um ponto de vista privilegiado, unindo a paisagem urbana e as belezas naturais do Rio Pinheiros e dos parques".

Aqueles que andarem na roda-gigante poderão ver um outro ângulo da cidade. Desde os detalhes do parque, como a pista de skate de cerca de 800 metros quadrados instalada no local, até o funcionamento da cidade. O pôr do sol é de tirar o fôlego.

Ao anoitecer, é possível ver as luzes dos prédios, ruas e avenidas do entorno.

Além de roda-gigante, praça e espaço para pets

Ao redor do ponto turístico, haverá uma praça de convivência de acesso livre aos frequentadores do parque e seus pets, com espécies nativas da Mata Atlântica, assinada pelo escritório Levisky Arquitetos Estratégia Urbana.

A praça será construída com materiais sustentáveis, pavimentos permeáveis, soluções de reúso de água e acessibilidade para pessoas com deficiência e dificuldade de mobilidade.

A área vai ocupar 3% do parque, de acordo com a empresa responsável, e receberá enriquecimento arbóreo, que favorecerá a biodiversidade nas margens do rio Pinheiros.

Para explorar o serviço na área, a empresa pagará à Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente R$ 141 mil mensais ou 10% do valor do faturamento bruto (prevalecendo o maior). Os valores serão transferidos à administração do parque.

A empresa também fará a manutenção e promoverá um programa de inclusão social e ambiental aos alunos de escolas públicas, beneficiários de programas e projetos sociais das comunidades do Jaguaré.