Topo
Entretenimento

Mr. Big, Anthrax, Mercyful Fate: os shows para não perder do Summer Breeze

Mr. Big, Anthrax e Mercyful Fate - Reprodução
Mr. Big, Anthrax e Mercyful Fate Imagem: Reprodução
do UOL

Gustavo Brigatti e Thiago Cardim

Colaboração para Splash, em São Paulo

26/04/2024 04h00

Colete jeans com patches ou calça de couro? Sombra esfumada e batom preto ou corpse paint? Cinto de tachinha ou munhequeira de couro? Não importa: se você pertence à vasta família do metal, tem lugar garantido no Summer Breeze Brasil, que acontece neste final de semana em São Paulo.

O Summer Breeze Open Air foi criado em 1997 na Alemanha, inspirado no conterrâneo Wacken Open Air. De início tímido, focado quase somente em bandas locais, foi pegar tração no início dos anos 2000, apostando no crossover de subgêneros do metal em um line-up que misturava bandas consagradas com novidades do cenário.

A experiência deu tão certo que o festival virou uma franquia - e abriu sua primeira filial na América Latina no ano passado, no Brasil, mantendo a mesma pegada. Em 2023, ocuparam os palcos do Memorial da América Latina Stone Temple Pilots, Blind Guardian, Accept, Kreator, entre outros.

Para a segunda edição em solo brasileiro o Summer Breeze triplicou a aposta, trazendo mais um dia de espetáculos que abarcam várias vertentes do rock pesado. Vai do thrash metal clássico do Exodus e Anthrax, passando pelo hard rock de Sebastian Bach e Mr. Big, o death metal pioneiro do Carcass, o prog metal gótico do Lacuna Coil até o metalcore do Killswitch Engage.

Confira as apostas de Splash para o Summer Breeze Brasil 2024

26 de abril (sexta-feira)

Edu Falaschi
O ex-vocalista do Angra se reencontrou como músico e começou a construir uma carreira solo ao lado de uma banda bastante competente, flertando entre o power e o prog.
Um disco para ouvir: "Eldorado" (2023)

Tygers of Pan Tang
Uma das bandas seminais da New Wave Of British Heavy Metal. Não ficou tão grande quanto seus contemporâneos do Iron Maiden e Def Leppard, mas fez muito barulho.
Um disco para ouvir: "Crazy Nights" (1981)

Massacration
A banda que era só um esquete do programa "Hermes & Renato" prova que faz o combo de metal e humor com bastante qualidade, para terror dos fãs mais tradicionalistas.
Um disco para ouvir: "Gates of Metal Fried Chicken of Death" (2005)

Sebastian Bach
Eterno vocalista do Skid Row, o nosso Tião representa a ascensão e queda do hair metal oitentista. Divide sua rotina hoje entre os palcos de festivais e reality shows.
Um disco para ouvir: "Slave to the Grind" (1991), do Skid Row

Mr. Big
Seguindo no que promete ser a sua turnê de despedida, o quarteto de virtuosos honra a memória de seu saudoso baterista, Pat Torpey, com uma metralhadora de hits.
Um disco para ouvir: "Lean into It" (1991)

Gene Simmons Band
Primeiro projeto do baixista depois do fim do Kiss. Sua apresentação é uma incógnita, mas é líquido e certo que irá tocar sucessos de sua finada banda.
Um disco para ouvir: "Destroyer" (1976), do Kiss

Biohazard
A fusão de hardcore, metal e uma pitada de hip hop permanece intocada pelo tempo, ainda mais com o novo encontro da dupla Billy Graziadei e Evan Seinfeld.
Um disco para ouvir: "Urban Discipline" (1992)

27 de abril (sábado)

Gamma Ray
Os decanos do power metal trazem seu espetáculo de fantasia sci-fi embebido em riffs potentes e solos delirantes. No set-list, apenas clássicos.
Um disco para ouvir: "Land of the Free" (1995)

Angra
Ao lado do Sepultura, uma das mais conhecidas bandas brasileiras de metal no mundo, hoje vive um momento de ouro, no auge da fase com o vocalista italiano Fabio Lione.
Um disco para ouvir: "Holy Land" (1996)

Lacuna Coil
Flertando entre o gótico e o metal, o grupo italiano liderado por Cristina Scabbia sabe entregar um espetáculo ao mesmo tempo sombrio, climático e pesado.
Um disco para ouvir: "Comalies" (2002)

The Night Flight Orchestra
Um projeto sueco que é basicamente uma carta de amor às bandas do chamado AOR (Adult Oriented Rock). Ideia do vocalista Björn Strid e do falecido guitarrista David Andersson, do Soilwork.
Um disco para ouvir: "Aeromantic 2" (2021).

Hammerfall
A mais pura tradução do chamado "metal espadinha", estes suecos são herdeiros diretos do Manowar, em sua divertida exaltação ao gênero, repleta de riffs e refrões grudentos.
Um disco para ouvir: "Crimson Thunder" (2002)

Epica
Um dos maiores expoentes do metal sinfônico, a mistura na medida entre ópera e death metal. Há 20 anos conquistando corações góticos.
Um disco para ouvir: "The Quantum Enigma" (2014)

Within Temptation
O metal sinfônico desta banda holandesa carrega uma legião de fãs fieis e dedicados desde que surgiram em 1995, sem nunca perder a melodia e o encantamento.
Um disco para ouvir: "Mother Earth" (2000)

28 de abril (domingo)

Ratos de Porão
A maior banda punk do Brasil dispensa apresentações. Sua sonoridade agressiva e letras contundentes são um patrimônio nacional.
Um disco para ouvir: "Crucificados pelo Sistema" (1984)

Avatar
Que o rosto pintado do vocal Johannes Eckerström não engane: estes suecos misturam o peso do death com as experimentações do industrial sem deixar de soar acessíveis.
Um disco para ouvir: "Hunter Gatherer" (2020)

Carcass
Pioneiros do metal extremo, estão entre os criadores do grindcore com um pé no death metal melódico. Suas letras mórbidas não são para estômagos fracos.
Um disco para ouvir: "Heartwork" (1993)

Death Angel
Igualmente egressos da cena thrash da Bay Area, em São Francisco, foram líderes do movimento nos anos 1980 e jamais perderam a majestade para os seus seguidores.
Um disco para ouvir: "Frolic Through the Park" (1988)

Killswitch Engage
Na esteira do nu metal, o quinteto americano aposta em um metalcore com refrões marcantes e vocais poderosos.
Um disco para ouvir: "The End of Heartache" (2004)

Anthrax
Talvez o integrante mais subestimado do chamado Big Four, é uma injustiça que seja eclipsado pelo gigante Metallica porque mantiveram uma bela consistência criativa.
Um disco para ouvir: "Among the Living" (1987)

Mercyful Fate
A banda dinamarquesa elevou o índice de periculosidade do metal a outro patamar com apresentações que flertavam com o satanismo e um vocalista que usava corpse paint.
Um disco para ouvir: "Melissa" (1983)

Entretenimento