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Maurício Sherman marcou o humor na Globo e lançou Xuxa e Angélica

O diretor  e ator Maurício Scherman - Márcio Souza/Memória Globo
O diretor e ator Maurício Scherman Imagem: Márcio Souza/Memória Globo
do UOL

Guilherme Machado

Do UOL, em São Paulo

17/10/2019 11h43

Maurício Sherman, ex-diretor da Globo que morreu hoje aos 88 anos, foi um dos mais importantes da do humor e do entretenimento na televisão, e comandou diversos programas ao longo dos anos.

Sherman se formou em direito, mas já trabalhava com arte desde os 13 anos, atuando em peças amadoras no Clube da Colônia Judaica, em Niterói. Dos palcos, foi convidado a ser ator em rádio, e trabalhou em diversas produções ao lado de atrizes como Fernanda Montenegro e Nathalia Timberg.

Em paralelo, deu início a sua carreira profissional nos palcos. A atuação na peça Massacre, de Emmanoel Roblès, valeu-lhe um prêmio de ator revelação e impulsionou sua trajetória como ator, agora em televisão, na TV Paulista e na Tupi.

Foi apenas em 1965 que ele começou seus trabalhos como diretor, agora na Globo. Em 1966, comandou os humorísticos Riso Sinal Aberto e Bairro Feliz, que tinham como roteiristas Max Nunes e Haroldo Barbosa, dois parceiros que chagaram à Globo pelas mãos de Sherman.

Entre idas e vindas à emissora onde iniciou na TV, passou pela Excelsior, Manchete e Tupi. Foi o responsável por descobrir e lançar as então modelos Xuxa e Angélica como apresentadoras. Sherman levou a "Rainha dos baixinhos" para a Manchete quando se torno diretor de programação da emissora.

Alguns dos humorísticos mais importantes da TV Globo estiveram sob direção de Sherman, como o Faça Humor, Não Faça Guerra (1972), Chico Anysio Show (1981), Os Trapalhões (1981), e o Zorra Total, atração que comandou de 1999 até 2014.

Em entrevista ao site Memória Globo, Sherman relembrou os problemas que enfrentou com a censura. "Todo dia a gente tinha uma aporrinhação com a censura. Tudo era: 'Será que a censura vai aceitar?", disse.

Mas Sherman também mostrou versatilidade e teve passagens para além do humor. Em 1973, fez parte da equipe que criou o Fantástico. Além disso, também dirigiu diversos programas de auditório, como Noite de Gala (1966) e Moacyr Franco Show (1977).

Após ter trabalhado como supervisor do Vídeo Show, foi diretor do Domingão do Faustão, em 2001. Na Globo, foi também diretor executivo da Central de Produção da emissora.

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