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Flávio Canto e atletas do mundo da luta exaltam importância de Leandro Lo: 'Marcou a história'

11/08/2022 09h30


A morte de Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jitsu, chocou o mundo da luta. O lutador brasileiro foi vítima de um tiro na cabeça do tenente da Polícia Militar, Henrique Velozo, em show de pagode na Zona Sul de São Paulo. Após a notícia, diversas personalidades do MMA nacional lamentaram a perda.

Em contato com o LANCE!, o ex-judoca e medalhista olímpico, Flávio Canto revelou enorme admiração por Leandro Lo. Apesar de não ser tão próximo do atleta de jiu-jitsu, ele taxou a perda como imensurável e pediu paz no futuro da luta.

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- É um cara que tinha um carisma totalmente ímpar, um cara super autêntico, seguro e transparente. Coração grandão sabe? A minha relação era mais de admirador do que de amigo, embora já tenhamos nos encontrado algumas vezes, eu sou da geração do professor dele - disse, antes de completar:

- Uma loucura o que aconteceu. Uma tragédia com um cara que todo mundo adorava. Unanimidade ele, estava sempre para cima, sempre sorrindo. Gente boa, verdadeiro, realmente especial - comentou.

Além disso, Canto também comentou sobre o legado deixado por Leandro Lo no jiu-jitsu. Para o medalhista olímpico, a personalidade do lutador era inconfundível, e o buraco deixado pelo atleta no esporte é irreparável.

Flávio Canto exaltou o legado do campeão mundial (Foto: Divulgação)


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- É um cara que sai no auge, tinha acabado de ser campeão mundial, se não me engano pela oitava vez. Ele estava cheio de disposição ainda, cheio de vida. É um buraco grande que fica no jiu-jitsu, porque ninguém tem as características que ele tinha, seja de personalidade e de pureza. É uma perda irreparável mesmo - finalizou.

Faixa preta do 5º grau e professor de jiu-jitsu, Thales Leites lamentou bastante o ocorrido. O ex-lutador do UFC conta como conheceu Leandro Lo e afirma que o campeão mundial foi um dos melhores da história do esporte.

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- Não conhecia muito a pessoa dele, o conheci em um seminário que ele fez em Niterói em 2012 em que pude participar e aprender com ele. Me parecia ser uma pessoa muito alegre e todos gostavam dele.
O legado que ele deixou foi imensurável, com um Jiu-Jitsu pra frente, sempre buscando a luta e a finalização, empolgando todo o público e sendo referência do esporte. 8 títulos mundiais em categorias diferentes sendo o último título com 32 anos. Sem dúvida um dos melhores da história - analisou.

Leandro Lo em seminário no Rio de Janeiro (Foto: Arquivo Pessoal)

A importância de Leandro Lo para o jiu-jitsu também foi exaltada por Rômulo "Caju" Azevedo. Carioca, faixa preta e professor, o lutador revelou que se espelhava no campeão mundial, especialmente pela mentalidade de nunca desistir.

Caju também contou que as lutas de Lo eram as preferidas pelos presentes nas competições. O professor afirmou que o campeão mundial levantava o ginásio onde quer que fosse, com estilo alegre e irreverente.

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- Ele sempre foi um cara muito respeitado, mesmo as pessoas mais velhas, mais cascudas no jiu-jitsu gostavam dele. Nesses anos todos, o lado competitivo do esporte recebeu muitas críticas, o jiu-jitsu tem esse lado. No caso dele, sempre foi muito bem falado. Se tratando do quesito luta, não tem nem o que comentar - frisou, antes de finalizar.

- Ele marcou a história do esporte, sem dúvida alguma. Sempre aquele cara raçudo, que todo mundo se espelhava no jeito dele lutar. A maioria das lutas dele levantava o ginásio. Todo mundo só tem a agradecer a ele pelo legado que ele deixou. Enquanto ele estava aqui, ele deu o seu melhor, nunca se entregou - concluiu.

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Leandro Lo deixa um legado gigantesco e irretocável para o jiu-jitsu. Oito vezes campeão mundial, o lutador brasileiro era exemplo dentro e fora dos tatames. E é justamente por isso que amigos, famílias e fãs sentiram tanto a tragédia.

Além de expor uma situação grave no Brasil, o ocorrido coloca em xeque a tranquilidade entre os brasileiros. Como o próprio Rodrigo Minotauro disse ao L!, no enterro de Lo, o país precisa de momentos de paz, mesmo que a revolta seja a solução para tal.

*Estagiário sob supervisão de Ricardo Guimarães

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