Mãe solo, pensão: 'Volta por Cima' coloca em pauta 'privilégios masculinos'
"Volta por Cima", a nova novela das sete da Globo, estreia dia 30 de setembro com Fabrício Boliveira vivendo Jão, o protagonista masculino da história. Durante conversa com a imprensa, na qual Splash esteve presente, o ator contou um pouco sobre o personagem e como ele será uma porta para discutir alguns privilégios masculinos.
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Quem é Jão em 'Volta por Cima'?
Jorge Correa (Fabrício Boliveira), conhecido por todos como Jão, se destaca pela sua resiliência. Ainda jovem, ele começa a trabalhar na Viação Formosa como trocador (cobrador) de ônibus, mas sua dedicação na empresa o faz subir de posto, chegando ao cargo de fiscal.
Criado apenas pela mãe, Neuza (Valdineia Soriano), Jão se habituou desde cedo a ser o responsável pela casa. "Acho que essa relação do Jão com a dona Neuza é uma relação típica brasileira, de mães solos que criam os seus filhos sozinhas. Toda essa relação de cumplicidade que começa a acontecer com esse filho e com essa mãe sem essa figura paterna".
Acho que o Jão sente falta do pai, mas esse trauma bate nele em um lugar de escuta e sensibilidade pro feminino. Acho que deve acontecer também com várias pessoas que não têm um pai ou que a mãe está ali à frente e que observam o tanto de trabalho que a mãe tem. Acho que desperta algum tipo de sensibilidade maior para o feminino, para as questões do feminino.
Fabrício Boliveira
Jão valoriza muito a história da mãe, que trabalha na lanchonete do ponto final de uma das linhas de ônibus onde o filho faz turno de fiscal. "O Jão, desde o início, ele está sempre elogiando a Cida [personagem de Juliana Alves], por exemplo, que é uma mãe de solo. Ele também está sempre atento à mãe dele".
O protagonista traz no peito duas paixões: a música e o Carnaval. Ele toca numa roda de samba do bairro e é guardião de uma importante manifestação da cultura suburbana carioca: os grupos de bate-bolas.
E é nesse ambiente, das rodas de samba e dos bate-bolas, que Jão vai discutir a questão do privilégio masculino com outros colegas homens. "Tem uma outra fala dele dentro do bate-bola sobre homens que devem pensão, por exemplo. Com essa história, ele consegue abrir uma lente para essas peculiaridades... desse masculino que foi criado por essa mãe solo. E aí, a partir dele, a gente pode discutir várias masculinidades pelo país".
Esse espaço de garantia masculina, esse espaço de privilégio masculino, mas que precisa estar atento a todo esse espaço feminino e ceder... Eu acho que tem muita história aí pra gente discutir a partir disso... Fabrício Boliveira
Qual é a história de 'Volta por Cima'?
"Volta por Cima" conta a história de Madalena, uma jovem mulher batalhadora que teve que adiar seus sonhos pessoais para ajudar no sustento da família. Apesar das dificuldades, ela não esmorece diante das lutas diárias e vislumbra no empreendedorismo o caminho para um futuro mais próspero.
E também a história de Jorge, conhecido como Jão (Fabrício Boliveira), um jovem que começou como cobrador de ônibus, se esforçou para conquistar o sonhado diploma em administração. Agora, ele almeja um cargo melhor na empresa, mas é preterido pela indicação de um amigo da mulher do patrão.
É uma novela sobre conquistas e o preço que estamos dispostos a pagar por elas. É também sobre dinheiro, e se ele pode estar acima dos laços familiares. Uma trama que envolve amor, humor, disputas e emoção, cruzando o cotidiano de diversas classes sociais.
"Volta por Cima", que estreia dia 30 de setembro, é criada e escrita por Claudia Souto, com colaboração de Wendell Bendelack, Julia laks, Isadora Wilkingson e Juliana Peres. A novela tem direção artística de André Câmara e direção geral de Caetano Caruso. A produção é de Andrea Kelly e Lucas Zardo, e a direção de gênero, de José Luiz Villamarim.
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