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Marcha Trans em SP pede camisas do Brasil e casal leva uniforme de vôlei

Lui e Eduardo levaram a camisa da seleção de vôlei - Bruna Calazans/UOL
Lui e Eduardo levaram a camisa da seleção de vôlei Imagem: Bruna Calazans/UOL
do UOL

Bruna Calazans

Colaboração para Splash, em São Paulo

31/05/2024 21h54

A Marcha do Orgulho Trans, que aconteceu nesta sexta-feira (31) na região central de São Paulo, abre os trabalhos das comemorações do mês do orgulho LGBTQIA+, celebrado em junho. Para este ano, a organização do evento, que acontece pela sétima edição, incentivou o público a usar a camiseta do Brasil durante o percurso —o mesmo foi feito pela equipe da Parada do Orgulho LGTBQIA+.

Apesar das baixas temperaturas na capital paulista nesta sexta-feira, algumas pessoas no público acataram o pedido e decidiram vestir a camiseta brasileira. A atenção para a peça brilhou os olhos da comunidade LGBTQIA+ depois da presença de Pabllo Vittar no show de Madonna na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Na ocasião, ambas estavam vestindo a amarelinha.

No entanto, para o casal Lui Navarro, 26, e Eduardo Kauan, 28, fãs de esporte de maneira geral, a peça escolhida foi a da seleção de vôlei em vez da tradicional camisa de futebol da CBF.

Foi frustrante ver a nossa camisa tomar outros rumos nos últimos anos. Eu gosto de esporte de maneira geral, e com o show [da Madonna] aconteceu esse movimento. Quando a organização propôs vir com a camiseta, decidimos usar a do vôlei. Lui Navarro

A escolha pelo esporte não foi aleatória. "É um esporte aberto para a comunidade LGBTQIA+. É uma sensação feliz. O país é nosso, a gente gosta de esporte, as pessoas trans estão no esporte". Eduardo vai além: "Além de ser fã do esporte, eu também sou fã do Brasil. O significado da camiseta foi usado junto com a palavra patriota, e estava dando vergonha de usar, torcer. Eu acho importante esse movimento, reforçar que ela é de todo mundo e não a de um movimento político ou ideológico".

Ele faz coro sobre a diversidade no vôlei, e acredita que é um esporte em que os atletas têm mais espaço para falar sobre suas causas. "No futebol é mais difícil eles falarem sobre certos assuntos, darem a cara em alguns protestos. No vôlei eles puxam a discussão para o nosso lado".

Em cima do trio da marcha trans, o influenciador Rafa Brunelli reforçou o convite para o público reivindicar a camiseta brasileira. "É a hora de ressignificar nossas cores. A gente tem que saber que a pátria também é nossa".

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