Como o aquecimento global pode alterar clássico vinho tinto de Bordeaux
Bordeaux, na França, é o mercado mais importante de vinhos do mundo e talvez a denominação mais conhecida. Produz ótimos brancos (inclusive doces) e algum rosado, mas são os tintos que vêm à mente quando se fala da região.
Os jornalistas Vinícius Mesquita e Rodrigo Barradas conversaram, no episódio de estreia do videocast "Vamos de Vinho", sobre as uvas tintas utilizadas na região.
Normalmente, os vinhos de Bordeaux têm uma mistura de uvas. É o famoso corte bordalês (Bordeaux blend, em inglês). Ele varia um pouco dependendo da sub-região, do produtor, da safra e do rótulo, mas, grosso modo, é composto pelas seguintes uvas: merlot, cabernet sauvignon, cabernet franc (as principais), petit verdot (normalmente usada em pequenas quantidades), carménère e malbec (mais raras).
Mas o aquecimento global pode alterar essa composição consagrada. Em 2021, o Inao (instituto que regula as denominações na França) aprovou o plantio e o uso de touriga nacional, marselan, arinarnoa e castets, em quantidades limitadas. A ideia é experimentar uvas que têm capacidade de tolerar temperaturas mais altas. A touriga nacional, por exemplo, faz vinhos de alta qualidade nos verões muito quentes do Douro, em Portugal.
O raciocínio também foi aplicado aos brancos. Além das clássicas sauvignon blanc, sémillon e muscadelle, os produtores boraleses agora também podem fazer exeprimentações com alvarinho e liliorila.
Vamos de Vinho:
Apresentado pelos jornalistas Vinícius Mesquita e Rodrigo Barradas, o videocast combina conhecimento especializado e uma abordagem descontraída sobre temas como os diferentes tipos de uvas e as regiões de destaque no mundo do vinho.
Os episódios são disponibilizados toda quinta, a partir das 19h, no Canal UOL e no Youtube de Nossa.
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