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'O Caso Asunta': Ainda faltam explicações para morte que inspirou série

"O Caso Asunta" é baseado em um caso real - Divulgação
'O Caso Asunta' é baseado em um caso real Imagem: Divulgação
do UOL

De Splash, em São Paulo

09/05/2024 04h00

"O Caso Asunta" é uma das minisséries mais assistidas da Netflix e conta a história real do desaparecimento e assassinato da menina Asunta Basterra Porto, de 12 anos. Ela chocou a Espanha em 2013, quando seus pais, Alfonso Basterra (Tristán Ulloa) e Rosario Porto (Candela Peña), foram acusados e presos pelo crime.

Mais de dez anos depois, ainda há explicações faltando sobre o que aconteceu.

O que falta

A motivação do crime. O pai adotivo se diz inocente e, em entrevistas após a condenação, Afonso insinua que deseja "desaparecer" após cumprir sua pena e "juntar-se à filha". Assim, não há uma explicação do porquê ele teria cometido o crime. Ele segue cumprindo sua pena.

A mãe adotiva, apontada como principal articuladora da morte, suicidou-se na cadeia em 2020. Rosario cumpria pena pelo assassinato e, após duas tentativas, morreu. Segundo relatos da imprensa e da série, as circunstâncias de sua morte também seguem em aberto.

Algumas teorias defendem que ela teria sido morta para que a verdadeira motivação do crime não fosse descoberta. Outras, confirmam o suicídio e relacionam o fato com os problemas psicológicos e a depressão que Rosario enfrentava.

Não se sabe o que teria motivado o crime e nem o posterior suicídio da mãe adotiva de Asunta. Parte da proposta da minissérie da Netflix é, também, especular as razões da tragédia. Ramón Campos, um dos repórteres que mais investigou o crime, é um dos produtores. Ao longo de seis episódios, a série espanhola acompanha a investigação dos policiais Cristina Cruces (María León) e Javier Ríos (Carlos Blanco) e mostra a cobertura midiática do julgamento que agitou o país.

O que aconteceu

Asunta (interpretada por Iris Wu) nasceu na China e foi adotada pelo casal em 2001, aos nove meses. Alfonso e Rosario eram um casal abastado e reconhecido: ele, um jornalista econômico, e ela, advogada e cônsul honorária da França. Em 2013, o casal se separou, dividindo os cuidados da menina.

No fatídico dia, eles denunciaram o desaparecimento da filha. Horas depois, o corpo da menina foi encontrado próximo de Santiago de Compostela, perto da casa de campo da família.

Mentiras, respostas vagas e relatos inconsistentes começam a aparecer nas versões do casal à polícia, levando as autoridades a suspeitar que aquela família, que parecia ser perfeita aos olhos de todos, talvez escondesse algo - a ponto de matar a própria filha. Asunta era uma menina inteligente e comportada, que recebia uma boa educação escolar e participava de várias atividades extracurriculares no dia a dia.

O que aconteceu com Asunta

Alfonso e Rosario foram acusados de sedar e asfixiar Asunta até a morte, condenados a 18 anos de prisão pelo Superior Tribunal de Justiça da Galiza em 2015. As investigações concluíram que, no dia da morte, Alfonso havia dado para a menina uma "dose tóxica" de 27 comprimidos de lorazepam, um ansiolítico.

Ela já vinha sendo dopada pelos pais há meses - testemunhas confirmaram que ela chegava a aparecer tonta nas aulas. Após sedada, Asunta foi asfixiada por Rosario. A mulher, então, levou o corpo até o local onde foi encontrado horas mais tarde.

Candela Peña e Tristán Ulloa como Rosario e Alfonso em 'O Caso Asunta' - Divulgação/Netflix - Divulgação/Netflix
Candela Peña e Tristán Ulloa como Rosario e Alfonso em 'O Caso Asunta'
Imagem: Divulgação/Netflix

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