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Influencer visita casa de Anne Frank e diz que ela 'viveu melhor que nós'

Naya Fácil foi criticada pelas declarações referentes à Anne Frank - Reprodução
Naya Fácil foi criticada pelas declarações referentes à Anne Frank Imagem: Reprodução
do UOL

Colaboração para Splash, em São Paulo

08/05/2024 20h02

A influenciadora chilena Naya Fácil, 26, foi criticada após visitar a casa em que Anne Frank morou e dizer que a vítima do Holocausto "viveu melhor que nós".

O que aconteceu

Naya visitou a casa em que Anne Frank morou escondida por dois anos com a família, em Amsterdam, na Holanda. No vídeo compartilhado em seu perfil no Instagram com 2,4 milhões de seguidores, a chilena exibiu a fachada do imóvel, que foi transformado em um museu, e disse ter ficado chocada.

"Estou chocada com a casa de Anne Frank. Ela tinha metade do lugar só para ela. Ela viveu melhor do que nós", disse Fácil, que comparou o imóvel com outras casas vizinhas.

Fácil foi criticada nas redes sociais pela forma como abordou o assunto, em tom arrogante, mas também por divulgar desinformação. Ao contrário do que foi dito pela influenciadora, Anne e sua família não ocuparam a totalidade do espaço, mas viveram escondidos por dois anos na parte de trás do prédio, até que foram capturados pela Gestapo, a polícia nazista alemã, em 1944.

Museu Judaico do Chile se manifestou. Em postagem no Instagram, a instituição postou imagens da casa no período em que Anne viveu no local e acusou Naya de espalhar fake news sobre Anne Frank de forma "leviana".

Naya Fácil se retratou. A influenciadora pediu desculpas, mas disse que, em vez de criticá-la, teria sido "melhor" educá-la ou explicar por que ela postou desinformação. "Sinto muito por Anne Franke, mas gente... em vez de me criticar e julgar, seria melhor me educar ou explicar".

Anne Frank e sua família residiam em Amsterdam, no período em que a Holanda estava sob o domínio dos nazistas, em 1944. Eles foram capturados e levados para Auschwitz. Posteriormente, Anne foi enviada para Bergen-Belsen e morreu em fevereiro de 1945.

Familiares mortos. Além de Anne, também morreram nas mãos dos nazistas a mãe, Edith, e a irmã, Margot. O pai dela, Otto, foi o único sobrevivente. Foi ele que publicou o livro mundialmente conhecido como O Diário de Anne Frank, que traz um dos principais relatos sobre os horrores do nazismo e da Segunda Guerra Mundial.

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