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Enfermeira acusa família de Zagallo; entenda o crime

Enfermeira de Zagallo acusa família de assédio moral  - Nelson Almeida/AFP
Enfermeira de Zagallo acusa família de assédio moral Imagem: Nelson Almeida/AFP
do UOL

de Universa, em São Paulo

19/05/2024 14h57

A enfermeira que cuidou de Zagallo até o dia de sua morte acusa a família e o filho do ex-treinador, Mario César, de assédio moral e pede indenização. Em um processo que corre em segredo de justiça, ela afirma que precisou assumir funções de limpeza e cozinha em um ambiente 'hostil e humilhante' durante a pandemia.

A mulher, que pede R$ 328.115,27 em danos morais, disse no processo que o filho do ex-jogador da seleção brasileira dava "ordens agressivas" "muitas vezes acompanhadas de gritos", de acordo com o colunista do UOL, Diego Garcia.

O que configura o crime?

Em 2019, o Congresso Nacional decretou que a Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 do Código Penal fosse alterada para que o assédio moral fosse tipificado - ou seja, entrasse com todas as letras como descrição de um crime. Até então, somente o termo "assédio sexual" constáva no documento.

De acordo com a Controladoria Geral da União, para que atitudes sejam consideradas assédio moral é preciso que "conduta seja reiterada e prolongada no tempo, com a intenção de desestabilizar emocionalmente a vítima". Episódios isolados são considerados danos morais".

O Conselho Nacional de Justiça considera assédio moral comportamento repetitivo contra:

  • Integridade;
  • Identidade;
  • Dignidade Humana do Trabalhador;
  • Exigência do cumprimento de tarefas desnecessárias ou exorbitantes;
  • Discriminação;
  • Humilhação;
  • Constrangimento;
  • Isolamento;
  • Exclusão social;
  • Difamação;
  • Abalo psicológico.

De acordo com a lei, a pena pode ser de um a dois anos de detenção e multa. Mas também pode acontecer um acréscimo de tempo na condenação caso haja a ocorrência de violência.

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