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Fazendo abdominal, ioga e até no ASMR: 8 jeitos de ter orgasmo sem 'sexo'

 Alguns exercícios mais avançados de ioga trabalham com a musculatura do assoalho pélvico, abrindo os quadris e favorecendo o prazer. - Getty Images/iStockphoto
Alguns exercícios mais avançados de ioga trabalham com a musculatura do assoalho pélvico, abrindo os quadris e favorecendo o prazer. Imagem: Getty Images/iStockphoto
do UOL

Colaboração para Universa

29/04/2024 04h00

Toda mulher tem um enorme potencial para sensações orgásticas que vão muito além do sexo e da masturbação. Como o orgasmo ocorre no cérebro, e não nos genitais, alguns gatilhos e estímulos — voluntários ou não — podem provocar excitação e conduzir ao clímax.

Universa conversou com especialistas e lista, a seguir, 8 maneiras de uma mulher alcançar o orgasmo, mesmo sem sexo:

1. Dormindo (e sonhando)

Os "sonhos molhados" são comumente atribuídos aos homens, em especial na fase da adolescência. Porém, muitas mulheres costumam obter orgasmo enquanto dormem. Durante a fase REM do ciclo do sono, há um aumento da atividade cerebral e uma aceleração da circulação sanguínea, o que costuma causar um "inchaço" no clitóris. É uma etapa em que os sonhos ocorrem com mais frequência; se o teor for erótico, maior a chance de um orgasmo.

2. Pensando

Lembranças, fantasias, antecipação de uma experiência que promete ser prazerosa... Segundo a neurofisiologista Berverly Whipple, pesquisadora da Universidade Rutgers, em Nova Jérsei (EUA), e uma das defensoras da existência do ponto G, tudo o que passa pela nossa mente e tem conteúdo erótico pode funcionar como um gatilho para a excitação e, como consequência, o pico sexual - e sem qualquer estímulo físico.

3. Fazendo exercícios físicos

Num estudo realizado pela Universidade de Indiana (EUA), mais de 500 mulheres relataram já ter chegado ao clímax durante a prática de atividade física intensa, como spinning, abdominais e até levantamento de peso. Outro estudo, divulgado no periódico britânico "Journal Sexual and Relationship Therapy" em 2011, revelou que 51% das mulheres entrevistadas experimentaram um "coreogarsmo" durante uma sessão de abdominais. Os movimentos de contrair e relaxar podem estimular o clitóris e gerar uma explosão de prazer.

4. Praticando ioga

Por si só, a prática já ajuda a combater inimigos de uma sexualidade saudável, como estresse e ansiedade, e a exercitar a flexibilidade e a conexão com o momento presente, fundamentais para relações satisfatórias. Alguns exercícios mais avançados trabalham com a musculatura do assoalho pélvico, alongando e "abrindo os quadris" e favorecendo o prazer.

5. Ouvindo sussurros

Os vídeos do tipo ASMR (Autonomous Sensory Meridian Response, que em tradução livre significa Resposta Sensorial Autônoma do Meridiano) viraram febre e passaram a explorar o nicho de conteúdo erótico. A satisfação induzida por ruídos e gemidos podem levar a uma sensação corporal de excitação que, em casos extremos, alguns são capazes de atingir conduzem ao orgasmo apenas ouvindo o som da voz de outra pessoa.

6. Tomando banho

Sem penetração e sem a presença de uma outra pessoa, as brincadeiras com o chuveirinho direcionadas ao clitóris podem render um gozo sem igual.

7. Experimentando o BDSM

A sigla significa Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo e inclui uma série de práticas - jogos entre mestre e escravo, aplicação de castigos físicos e/ou psicológicos, cenas com velas e instrumentos de tortura, entre outros - que raramente envolvem sexo e/ou penetração. A dor, nessas circunstâncias, é compreendida como prazer e pode levar ao êxtase sexual.

8. Massagens

As tântricas, em especial, possibilitam diversas sensações eróticas que podem facilitar o orgasmo feminino sem que haja a necessidade de penetração. Uma delas é a Yoni, direcionada à vulva, que promove o autoconhecimento e a consciência corporal. A Sentitive, por sua vez, é feita com o par: um explora cada pedacinho do corpo do outro apenas com a ponta dos dedos. Os toques diferentes do sexo convencional, sem priorizar os genitais, são um dos segredos do prazer na filosofia do Tantra.

Fontes: Carla Cecarello, psicóloga, sexóloga e fundadora da ABS (Associação Brasileira de Sexualidade); Gabriela P. Daltro, psicóloga e sexóloga; Oswaldo Martins Rodrigues Jr., terapeuta sexual e autor do livro "Parafilias - Das Perversões às Variações Sexuais" (Zagodoni Editora); e Priscilla Leite, instrutora do canal no YouTube Pri Leite Yoga, com matéria publicada em 04/08/2020

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