Bloomberg bate recorde de gastos publicitários em campanha eleitoral nos EUA
Washington, 21 Fev 2020 (AFP) - O pré-candidato presidencial democrata Michael Bloomberg, bilionário ex-prefeito de Nova York, bateu todos os recordes ao gastar a assombrosa quantia de 364,3 milhões de dólares em publicidade de campanha, e continua sonando, segundo um informe divulgado nesta sexta-feira (21) pela Advertising Analytics.
Em sua campanha de reeleição, o ex-presidente Barack Obama gastou 338,3 milhões de dólares, informou a consultoria em um boletim.
"Bloomberg superou o recorde de gastos estabelecido por Obama em 2012 de 338,3 milhões de dólares, o que faz dele o candidato com o maior gasto de todos os tempos", informou em um boletim o grupo apartidário.
A Advertising Analytics informou à AFP que os gastos de Obama não foram ajustados em termos constantes.
As quantias apontadas se referem apenas à veba destinada à publicidade tradicional de rádio e televisão.
Bloomberg, que aspira à indicação presidencial democrata para enfrentar o republicano Donald Trump, que disputará a reeleição em novembro, também é líder em publicidade digital, pois apenas na semana passada gastou US$ 14,5 milhões em anúncios em Facebook e Google, mais de dez vezes mais que todos os seus adversários juntos.
O montante total não inclui despesas de grupos externos que não são formalmente vinculados a partidos políticos, mas que gastam muito durante a temporada eleitoral em apoio ou oposição a candidatos específicos.
Os gastos de Bloomberg podem estar em suas primeiras etapas, pois ele resolveu não participar nas primeiras quatro primárias para se concentrar na "Super Terça", em 3 de março, quando 14 estados vão às urnas.
Bloomberg, que em 2019 tinha a nona fortuna do mundo, segundo a revista Forbes, cobriu de publicidade estes estados, onde se decidirá um terço da maioria de delegados (1.991) necessária para obter a indicação na convenção democrata de julho.
O forte investimento em publicidade do milionário da mídia o catapultou ao terceiro lugar nas pesquisas em nível nacional - atrás do senador Bernie Sanders e do ex-vice-presidente Joe Biden - apesar de ter entrado na corrida eleitoral apenas em novembro.
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