'Maracanazo' completa 70 anos nesta quinta
No primeiro Mundial disputado em solo brasileiro, a seleção realizou uma ótima campanha e chegou no jogo descisivo contra o Uruguai como o grande favorito. Com seu uniforme branco, o Brasil abriu o placar com Friaça, aos 47 minutos. No entanto, os uruguaios viraram com os gols de Juan Schiaffino e Alcides Ghiggia.
O vice-campeonato da seleção brasileira silenciou o Maracanã e deixou a população perplexa. Segundo a lenda, o capitão uruguaio, Obdulio Varela, ficou impressionado com o silêncio do estádio no momento em que recebeu a taça Jules Rimet. Em 16 de julho de 1950, após o jogo que virou uma grande tragédia nacional, o país registrou 34 suicídios. Além disso, 56 pessoas morreram de ataque cardíaco. O impacto da derrota contra o Uruguai foi muito maior do que o 7 a 1 da Alemanha no Mundial de 2014 ou do que a final da Copa de 1998, quando o Brasil perdeu para a França.
Moacir Barbosa, o goleiro da seleção brasileira e que vinha sendo o melhor da Copa do Mundo, recebeu da opinião pública nacional a culpa da derrota por supostamente ter falhado no gol marcado por Ghiggia. Anos antes de morrer, o ex-jogador do Vasco fez um desabafo sobre a decisão.
"No Brasil, a sentença máxima é de 30 anos, mas estou cumprindo mais de 40 por um crime nunca cometido", disse Barbosa, que faleceu em 2000.
Os mais de 200 mil presentes no Maracanã estavam prontos para um grande carnaval fora de temporada. Mais de meio milhão de pessoas já haviam comprado a camiseta com as palavras "Brasil Campeão 1950". No entanto, acompanharam um verdadeiro pesadelo.
Oito anos após a tragédia de 1950, um jovem garoto, que ouvira aquele jogo inesquecível no rádio, prometeu para seu pai que consertaria as coisas. Pelé, no Mundial de 1958, na Suécia, ajudou o Brasil a conquistar o primeiro título do Brasil em uma Copa do Mundo.(ANSA)
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