Ex-motorista diz que era namorado de socialite, que rebate: 'Atrevimento'
José Marcos Ribeiro Chaves, ex-motorista da socialite Regina Lemos Gonçalves, afirmou que os dois foram namorados em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, neste domingo (5). A socialite de 88 anos acusa o ex-funcionário de 53 de mantê-la em cárcere privado por pelo menos uma década.
O que aconteceu
Ex-motorista negou ter cometido crime. Na entrevista, ele garantiu que os dois tinham um relacionamento e que ele jamais a manteve em cárcere privado. "A gente namorava. Eu cuidava e a acompanhava em eventos. No começo, ela pagava um salário, entendeu? A partir do segundo ano, a gente começou a ter um relacionamento", disse.
"A gente pegou uma certa intimidade", acrescentou o ex-motorista. "Eu com ela, e ela comigo. Quando eu estava sentado na poltrona, ela passava a mão em mim. Ela nem admitia eu ser chamado de motorista. A gente dormia junto. Eu quero o bem-estar dela, a tranquilidade dela", garantiu.
Uma disputa judicial entre o ex-funcionário e a família de Regina deve definir quem vai cuidar de socialite e da fortuna dela. "É justo. Eu estou 13 anos com ela. Quem estava do lado dela? Quem é que dar o remédio? Quem a levava para o médico? Eu faço tudo por ela. Eu fico 24 horas ao lado dela. Nunca a abandonei. Ela sempre falou mal dos parentes", alegou.
Questionado se ele abriria mão da fortuna dela por amor, o ex-motorista respondeu: "Por amor, com certeza. Eu a amo de verdade. Eu tenho certeza que, se eu chegar perto dela, vai mudar de ideia", concluiu.
A socialite reafirmou as acusações contra ex-funcionário. Também ao "Fantástico", a socialite defendeu o seu posicionamento dizendo que não quer se aproximar dele novamente. "É uma audácia, um atrevimento. Se fosse [para recebê-lo]... é impossível. Se eu tivesse que receber esse cara, eu preferia uma boa hora de morte", disse.
Regina e José Marcos viviam juntos desde 2011. Os dois moravam no Edifício Chopin, ao lado do Copacabana Palace, zona sul do Rio. Nesses 13 anos, o ex-motorista teria conseguido registrar a união estável com a socialite e também uma autorização de curatela provisória da idosa, documento que permite uma pessoa a cuidar dos interesses de outra que se encontra incapaz, seja por questões físicas, mentais ou comportamentais para gerir a própria vida.
A socialite fugiu de casa no início do ano. O sumiço do condomínio foi relatado pelos vizinhos, que desde dezembro não cruzavam com ela pelos corredores. Ela reapareceu dias depois acusando o José Marcos de mantê-la em cárcere privado. A versão é corroborada por irmão e sobrinho, que brigam na Justiça para ter acesso ao dinheiro dela.
Regina retornou ao Chopin. José está morando na mansão de São Conrado, segundo a família da socialite.
Quem é Regina Lemos Gonçalves
Ela é viúva de Nestor Gonçalves, ex-proprietário da empresa de baralhos Copag. A companhia centenária foi fundada em 1908, época em que importava artigos de papelaria para vender no Brasil. Em 1918, a empresa iniciou a produção própria das cartas e hoje é a fornecedora dos baralhos utilizados nos torneios do Campeonato Mundial de Poker.
A socialite herdou uma herança avaliada em US$ 500 milhões (mais de R$ 2,5 bilhões na cotação atual) deixada por Nestor. Além do apartamento no Chopin, ela também é proprietária de uma mansão avaliada em R$ 15 milhões, que abriga obras de inúmeros artistas renomados.
Só no condomínio Capuri, em São Conrado, ao lado do Gávea Golf, a socialite tem quatro imóveis. O preferido da viúva vale entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões. O imóvel, com área de 20 mil metros quadrados, tem suítes, garagem, piscina, salão de festas, cozinhas, sala de jogos e um anexo para funcionários. A mansão abriga obras artísticas de Portinari, Anita Malfatti, Miro, entre outros.
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