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'Destruiu minha família', diz filho de homem morto após colisão com Porsche

do UOL

Patrícia Calderon

Colaboração para o UOL

05/05/2024 17h03

"Minha irmã e minha mãe não param de chorar. Ele destruiu minha família". Este é o relato de Luam Morais da Silva, 24, filho do motorista de aplicativo Ornaldo Viana, 54, que morreu após o carro que estava ser atingido por uma Porsche em alta velocidade. O condutor do veículo está foragido.

Tristeza e revolta

Oscilando entre momentos de tristeza e revolta, o jovem conta que os parentes próximos estão consternados com a ausência de Ornaldo em momentos de reunião familiar desde a morte do pai, ocorrida na madrugada do domingo de Páscoa, no dia 31 de março.

Estávamos planejando um domingo de Páscoa em família . Foi a última vez que falei com meu pai. Iríamos pra igreja e depois faríamos nosso almoço de Páscoa

Ele destruiu minha família, colocou fim na nossa vida. Dia das mães vai ser um almoço sem ele. Esse cara acabou com uma história.

Meu pai só fazia o bem, ajudava todo mundo, fazia serviço comunitário. Tinha sonho de visitar a mãe dele que está doente no Maranhão. Ele juntava dinheiro para conseguir comprar a passagem dele

Meu pai foi e será sempre meu maior exemplo. Sempre vou me espelhar nele. Minha irmã e minha mãe não param de chorar

Trabalho da polícia

Luam da Silva não quis falar sobre um possível perdão ao motorista do Porsche, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho. O jovem também elogiou e agradeceu o trabalho das autoridades no caso.

Estamos gratos pelo trabalho da polícia. Eu e minha família estamos vendo a justiça sendo feita

Sobre a pergunta se o perdoo, prefiro não comentar

Motorista foragido

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, 24, é considerado foragido da Justiça após a Polícia Civil ter ido até a casa dele na tarde deste sábado para cumprir uma ordem de prisão e não o encontrar.

Jonas Marzagão, que representa Fernando, disse que ele deve se entregar na segunda-feira (6). O advogado explicou que a defesa deve conversar com o juiz responsável para garantir a integridade física do empresário quando ele se entregar. O advogado deve sugerir que o condutor seja encaminhado ao presídio de Tremembé, no interior de São Paulo.

Fernando é réu por homicídio doloso (quando há intenção de matar) qualificado e lesão corporal gravíssima. A denúncia foi feita pelo Ministério Público de São Paulo. A Justiça já havia negado três pedidos de prisão contra o empresário, mas o MP recorreu.

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