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Janja adota cachorrinha resgatada em meio às chuvas no RS: 'Esperança'

do UOL

Do UOL, em São Paulo

05/05/2024 21h51Atualizada em 06/05/2024 08h42

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, anunciou neste domingo (5) que adotou uma cachorrinha que foi resgatada em Canoas, uma das cidades afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Ao menos 78 pessoas já morreram no estado por causa dos temporais.

O que aconteceu

Primeira-dama colocou o nome de "Esperança" na cachorrinha e a anunciou como "o mais novo membro da nossa família". A socióloga destacou que milhares de pessoas e animais estão "sofrendo com a consequência da crise climática" e afirmou que apenas no abrigo onde a cachorrinha foi adotada há 400 bichos que precisam de alimentação, remédios, cuidado e amor.

Registro mostra a primeira-dama assinando a formalização da adoção, com a cachorrinha no colo. Janja se emocionou quando uma voluntária do local falou sobre a importância da adoção e pediu para outras pessoas seguirem a ação.

Lula comemorou a adoção da cachorrinha. No fim do vídeo divulgado por Janja, já no avião, o presidente disse, com a Esperança no colo: "Não tem nada melhor no mundo do que um cachorrinho. É uma alegria. Eu tenho dois, agora tenho três". O presidente e a companheira estiveram no estado neste domingo (5) pela segunda vez nesta semana.

"Que a alegria e a resiliência da Esperança inspirem a todos nós a superar desafios e a construir um mundo melhor juntos. Esperança, União e Reconstrução: é isso que o Brasil e o Rio Grande do Sul precisam", escreveu a primeira-dama.

Janja também escreveu "Seja bem-vinda, Esperança". Ela ainda agradeceu à Associação 101 Viralatas e à Secretaria Municipal de Bem-estar Animal.

A cadela agora se junta a outras duas cachorras de Janja e Lula, chamadas Resistência e Paris. "Suas irmãs já te amam", acrescentou a socióloga na publicação.

Ao menos 3,5 mil animais ilhados pelas chuvas no estado já foram resgatados até a noite de sábado (4). Segundo a Agência Brasil, os resgates dos bichos foram realizados por equipes do Poder Público e voluntários, mas o número pode ser maior. Vários grupos de voluntários foram formados para salvar os animais — alguns deles falaram à Agência que conseguiram salvar pelo menos 350 animais.

Chuvas já deixaram 78 mortos no RS

A Defesa Civil informou que subiu para 78 o número de mortos em razão das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul. A última atualização foi divulgada no início da noite deste domingo (5).

Autoridades ainda investigam quatro mortes que podem estar relacionadas aos temporais. São 105 desaparecidos e 175 feridos, segundo o boletim da Defesa Civil Estadual.

Ao todo, 844.673 mil pessoas foram afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Ao menos ficaram 115.844 mil desalojadas e 18.487 mil estão em abrigos.

Dos 497 municípios gaúchos, 341 sofreram alguma consequência dos temporais. Na região metropolitana de Porto Alegre, a água deixou pessoas ilhadas e fechou hospitais em Canoas. O clima é de "zona de guerra".

Nível do Guaíba é de 5,31 metros, às 16h, neste domingo. Os dados são da régua da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). No sábado (4), ele já havia superado a marca atingida no ano de 1941 (de 4,76 metros de altura), quando inundou grande parte do centro da capital gaúcha.

Números de mortes e desaparecidos ainda podem "crescer exponencialmente", diz governador. Eduardo Leite (PSDB) afirmou no sábado (4) que os dados podem ser alterados em razão das situações que continuam sendo levantadas pelos órgãos competentes.

Segunda (6) e terça (7) não deve chover em Porto Alegre. Na segunda, a chance de tempestade é de 11%, contra 14% na terça. Nos dois dias, a previsão é de sol entre nuvens, segundo a Climatempo. As máximas poderão atingir 35ºC em algumas cidades e podem alcançar 32ºC a 34ºC na Grande Porto Alegre. Na terça, afirma a MetSul, o sol e calor continuam predominando e as chuvas temporais deverão ficar concentradas no extremo sul do estado e próximo das fronteiras.

O Rio Grande do Sul é atingido por chuvas intensas desde 24 de abril.

[Quero] alertar a população que serão dias ainda muito difíceis pela frente. A chuva vai dando uma trégua, mas a neblina que vai vir por conta dessa umidade toda ainda vai atrapalhar a movimentação de aeronaves, a gente ainda tem rios muito cheios, ainda vai ser difícil fazer a recomposição imediata de determinadas estradas. A gente tem o próprio Guaíba que vai ficar alguns dias acima da cota de inundação porque é o que os hidrólogos apresentam. Ainda vão ser dias de muitos problemas ainda, mas nós estamos atuando em todas as frentes.
Eduardo Leite, em entrevista coletiva

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