'Ninguém fica para trás', diz voluntário após resgatar pai e filha no RS
Porto Alegre virou abrigo para desabrigados de cidades vizinhas, que estão completamente alagadas. Os moradores atravessam o Guaíba em embarcações e são levados até a Usina do Gasômetro, conhecido ponto turístico da cidade.
O que aconteceu
Voluntário se emocionou ao resgatar pai e filha. Recém-chegado da travessia do rio Guaíba com sua moto aquática, Fabiano Saldanha, 48, comemorou mais um resgate. "Nunca carreguei uma criança tão feliz!", disse à reportagem. O empresário havia acabado de atracar no porto improvisado na Usina do Gasômetro trazendo um adulto e uma criança - pai e filha - de Eldorado do Sul.
Saldanha disse que há muitas pessoas ilhadas na cidade vizinha a Porto Alegre e que precisam de socorro . "Elas já cansaram de tentar ficar [aguardando que a água desça]. Estão sem informações nenhuma, sem luz, sinal de celular. Elas estão com muito medo", destacou.
Gilbran Saucedo, homem transportado pelo empresário junto com a filha Alice, de sete anos, se emocionou ao falar sobre a espera pelo resgate. Ele estava pedindo socorro desde sexta-feira. "A água começou a subir e a gente ficou sem comunicação, porque não tinha mais bateria no celular", explicou.
Saucedo alertou que ainda há muita gente esperando socorro no bairro Centro Novo, onde mora. "Tem 150 pessoas numa escola perto da minha casa esperando por socorro. Eles estão precisando de remédios", destacou.
O empresário se emocionou contar o diálogo que teve com a pequena Alice. "Eu disse: 'vou te levar num lugar com muita gente legal e chocolate'. Daí ela me disse: 'tio, hoje eu pintei as unhas!'"
De volta ao ponto de aragem dos barcos, Fabiano se prepara para retornar a Eldorado com sua moto aquática. "Vamos até o último sair. Ninguém fica pra trás", concluiu.
Governo do RS libera auxílio de voluntários com embarcações
Voluntários que têm embarcações e motos aquáticas estão liberados para auxiliar no resgate de vítimas das enchentes. O governo do estado do RS, por meio do Gabinete de Crise, informou que não há exigência de habilitação para condução desses equipamentos.
Objetivo é ampliar a capacidade de resgate e evacuação de áreas afetadas pelas enchentes. Em nota, o governo gaúcho destacou que a medida "ajuda a salvar mais vidas e mitigar o impacto da situação de extrema emergência enfrentada por diversos municípios gaúchos".
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