ONU pede fim de ataques 'suicidas' em usinas nucleares na Ucrânia
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu a suspensão de todas as operações militares "suicidas" em usinas nucleares na Ucrânia, principalmente em Zaporizhzhia.
"Qualquer ataque a usinas nucleares é suicida. Espero que essas ofensivas acabem e, ao mesmo, torço para que a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) tenha acesso à usina de Zaporizhzhia", declarou Guterres em uma entrevista coletiva em Tóquio, no Japão.
Escondida atrás de uma curva do Dnipro, a maior central nuclear da Europa vem sendo palco de confrontos entre russos e ucranianos desde o fim da semana passada e continua ameaçando a cidade de Zaporizhzhia.
O secretário afirmou que está "muito preocupado" com a possibilidade de acontecer um conflito "prolongado" em território ucraniano, "que está causando enorme sofrimento e tendo um impacto muito negativo na economia global".
A atividade dos dois reatores que operam na usina de Zaporizhzhia, que as forças russas e ucranianas se acusam de bombardeios, foi reduzida por razões de segurança, informou o porta-voz do Ministério da Defesa russo, Igor Konanshenkov.
Ele acrescentou que um ataque lançado no último domingo (7) por Kiev acionou o sistema de segurança que cortou o fornecimento de eletricidade para a usina.
Além de expressar repetidamente sua preocupação com os impactos que a guerra na Ucrânia podem causar, Guterres também mencionou as tensões entre China e Estados Unidos em torno de Taiwan.
O diplomata de 73 anos de idade definiu a situação como uma "questão sensível" e pediu mais "moderação" aos dois países.
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