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EUA condenam Israel e Hamas após ataque e desvio de carregamento de ajuda a Gaza

02/05/2024 17h34

Por Daphne Psaledakis e Simon Lewis

WASHINGTON (Reuters) - Os EUA cobraram nesta quinta-feira que tanto Israel quanto o Hamas garantam que não haja disrupção do auxílio humanitário enviado aos civis em Gaza, após um carregamento da Jordânia ter sido atacado por colonos israelenses e depois desviado por militantes palestinos. 

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, viu o carregamento de auxílio nesta terça-feira pouco antes de ele deixar a sede da Organização de Caridade Hachemita da Jordânia com destino a um cruzamento recentemente aberto para Gaza em Erez. 

A visita fez parte de uma tentativa dos EUA de aumentar a quantidade de auxílio humanitário enviado a civis em Gaza, entre alertas de fome iminente após quase sete meses de guerra desde os ataques do Hamas em 7 de outubro contra o sul de Israel. 

Antes de o carregamento chegar ao cruzamento, no entanto, a Jordânia afirmou que ele foi atacado por colonos israelenses. 

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse a repórteres que Blinken mencionou o incidente ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém nesta quarta-feira e creditou Israel por ter prendido três pessoas envolvidas no ataque. 

“É isso que eles têm que fazer sempre que houver ataques contra comboios de auxílio humanitário”, disse Miller. “Além disso, eles têm que evitar que esses ataques aconteçam em primeiro lugar.”

O mesmo comboio de auxílio foi posteriormente transferido a um grupo humanitário para ser distribuído dentro de Gaza, mas acabou “interceptado e desviado” pelo Hamas, disse Miller, acrescentando acreditara que a ONU havia recuperado o carregamento ou estava no processo de fazê-lo. 

“Foi um ato inaceitável do Hamas desviar esse auxílio, para começar, confiscar esse auxílio”, afirmou Miller. 

“Se tem uma coisa que o Hamas pode fazer para prejudicar os envios de auxílio humanitário seria desviá-los para o seu próprio uso em vez de permitir que eles cheguem a civis inocentes que precisam deles. Então, eles certamente deveriam se abster de fazer isso no futuro”, acrescentou Miller. 

(Reportagem de Daphne Psaledakis e Simon Lewis; reportagem adicional de Jasper Ward)

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