Lira pede 'cooperação' dos países ricos para a preservação da Amazônia
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu hoje a postura da Casa frente ao problema ambiental brasileiro e os biomas nacionais como "patrimônio do povo brasileiro" e pediu apoio "das nações mais desenvolvidas" na preservação da Amazônia.
"A Amazônia e todos os nossos biomas são ativos globais. Mas são patrimônio do povo brasileiro. Fica aqui nosso compromisso com a preservação, utilizando as suas riquezas de forma sustentável e equilibrada", disse Lira nas redes sociais.
O mundo precisa compreender que o desafio logístico, tecnológico e financeiro de monitorar e fiscalizar a Amazônia é gigantesco. E que, por isso, pedimos apoio e cooperação das nações mais desenvolvidas Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara
A fala de Lira vem enquanto líderes mundiais, incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), participam virtualmente da Cúpula do Clima, convocada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir as mudanças climáticas que vêm ocorrendo no mundo.
Durante discurso no encontro, Bolsonaro destacou "o compromisso de eliminar o desmatamento ilegal até 2030" e pediu "a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostos a atuar de maneira imediata" na solução dos problemas ambientais brasileiros.
O Brasil chega fragilizado à Cúpula do Clima por causa de medidas de Bolsonaro e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que contrariam a preservação dos biomas brasileiros, especialmente a Amazônia.
Da mesma forma, é preciso haver justa remuneração pelos serviços ambientais prestados por nossos biomas ao planeta, como forma de reconhecer o caráter econômico das atividades de conservação. Estamos, reitero, abertos à cooperação internacional Jair Bolsonaro (sem partido) em discurso na Cúpula do Clima
O discurso feito hoje por Bolsonaro é semelhante ao recentemente escrito pelo presidente em carta à Biden, quando pediu apoio financeiro dos Estados Unidos para zerar o desmatamento ilegal na Amazônia ate 2030.
Em resposta ao pedido de Bolsonaro, o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, cobrou "ações imediatas" e "resultados tangíveis" do Brasil.
As falas de Lira e de Bolsonaro em apelo para que as nações ricas apoiem o Brasil no combate ao desmatamento na Amazônia também encontram eco no discurso de Salles, que disse que o Brasil poderia reduzir o problema entre 30% e 40% em até um ano se recebesse US$ 1 bilhão da comunidade internacional.
Na sexta-feira passada (16), porém, Sveinung Rotevatn, ministro do Meio Ambiente da Noruega, país citado por Salles ao pedir a cifra bilionária, disse à BBC News Brasil que a questão do combate ao desmatamento ilegal é algo que depende "de vontade política, não de falta de financiamento adiantado".
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