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De "namoradinha" a libertária: 27 personagens de Regina Duarte em novelas

do BOL, em São Paulo

03/02/2017 16h10

Ao longo de mais de 50 anos de trabalhos na televisão, Regina Duarte interpretou os mais diversos papeis. Apelidada como "namoradinha do Brasil" aos 24 anos, a atriz se reinventou, trazendo personagens marcantes e muitas vezes pioneiros, ilustrando as mudanças sociais no país.

Com passagens pelas emissoras Excelsior, Manchete e SBT, Regina se consagrou na Globo, onde deu vida nomes como Malu, Porcina, Raquel, Maria do Carmo e, claro, Helena. Relembre a seguir os trabalhos da atriz nas novelas da televisão brasileira.

  • Reprodução/Revista 7 Dias na TV

    Malu, em "A Deusa Vencida" (Excelsior, 1965)

    Regina Duarte estreou na televisão aos 18 anos, na TV Excelsior, de São Paulo. Sua personagem Malu era uma jovem de vida difícil, apaixonada pelo primo, interpretado por Tarcísio Meira que, por sua vez, amava outra, ninguém menos que Glória Menezes.

  • Reprodução

    Isabel, em "A Grande Viagem" (Excelsior, 1965)

    Ainda em 1965, Regina assumiu um dos principais papeis já em sua segunda novela, novamente com texto de Ivani Ribeiro e direção de Walter Avancini. Ambientado em um navio de cruzeiro, a trama colocou a atriz em um triângulo amoroso com um dentista, interpretado por Daniel Filho, e sua paciente, personagem de Flora Geni.

  • Reprodução

    Inesita, em "As Minas de Prata" (Excelsior, 1966)

    Na adaptação do romance de José de Alencar, levado às telas por Ivani Ribeiro e dirigido por Carlos Zara e Walter Avancini, Regina interpretou a heroína da história, Inesita, que tinha casamento combinado com Dom Cristóvão, personagem de Armando Bógus, mas era apaixonado por Estácio, interpretado por Fulvio Stefanini.

  • Acervo UH/Folhapress

    Bete, em "Os Fantoches" (Excelsior, 1967)

    Uma das principais atrizes da TV Excelsior aos 20 anos, em "Os Fantoches", Regina Duarte viveu a personagem Bete na trama ambientada em um hotel de luxo. O roteiro novamente foi escrito por Ivani Ribeiro e dirigido pela dupla Avancini-Zara.

  • Reprodução

    Carolina, em "O Terceiro Pecado" (Excelsior, 1968)

    Primeiro papel principal de Regina, na trama sobrenatural escrita por Ivani Ribeiro, adaptada pela Globo em "O Sexo dos Anjos" (1989), Regina deu vida à mocinha salva por um anjo bom, interpretado por Gianfrancesco Guarnieri, que acaba se apaixonando por ela enquanto trabalha para evitar que a jovem cometa três pecados, condição imposta pelo anjo da morte, vivido pela atriz Nathalia Thimberg.

  • Reprodução

    Regina Célia, em "Legião dos Esquecidos" (Excelsior, 1968)

    Sem o diretor Walter Avancini, responsável pelo convite para a estreia de Regina na TV, "Legião" foi dirigida por Waldemar de Moraes com base em texto de Raimundo Lopes. Na trama, a atriz interpreta sua xará Regina Célia, uma jovem doce, moradora de uma vila de garimpeiros, por quem o misterioso Felipe, vivido por Francisco Cuoco, se apaixona.

  • Reprodução

    Melissa, em "Os Estranhos" (Excelsior, 1969)

    De volta a um roteiro de Ivani Ribeiro, Regina interpretou o curioso papel de uma ET, novidade em uma época que vivia o auge da corrida espacial e oito anos anos do sucesso de "Guerra nas Estrelas". Na trama, a Melissa de Regina Duarte veio à Terra ajudar os humanos, contando com a ajuda de Plínio Pompeu, personagem interpretado por Pelé.

  • Reprodução

    Andreia, em "Véu de Noiva" (Globo, 1969)

    Após "Os Estranhos", Regina começou a trabalhar no papel da personagem Pom Pom em "Dez Vidas", da TV Excelsior. Com os salários atrasados da emissora em crise, Regina aceitou um convite para se transferir à Globo no meio da trama. A primeira novela da atriz na emissora carioca foi "Véu de Noiva", de Janete Clair, no papel de Andreia, uma mulher que desistiu do casamento no dia da cerimônia, ao descobrir que sua irmã era a verdadeira paixão do noivo.

  • Divulgação

    Ritinha, em "Irmãos Coragem" (Globo, 1970)

    Com direção de Daniel Filho, com quem Regina Duarte contracenou na TV Excelsior, "Irmãos Coragem" foi outra trama de Janete Clair estrelada pela atriz. A caipira Ritinha, personagem de Regina, é obrigada a se mudar para o Rio de Janeiro após engravidar de um jogador de futebol, seu namoradinho de infância Duda, vivido por Claudio Marzo.

  • Divulgação

    Patrícia, em "Minha Doce Namorada" (Globo, 1971)

    Origem do apelido de "namoradinha do Brasil", "Minha Doce Namorada" apresentou ao país Patrícia, personagem de Regina Duarte, garota sonhadora em busca do amor verdadeiro. Na trama, a mocinha troca Ouro Preto (MG) pelo Rio de Janeiro em busca de trabalho e de sua paixão, o estudante interpretado por Claudio Marzo.

  • Reprodução/Divulgação

    Simone Marques, em "Selva de Pedra" (Globo, 1972)

    Na nova trama de Janete Clair, Regina Duarte reencontrou Francisco Cuoco, seu par romântico de "Legião dos Esquecidos", transmitido pelo canal paulistano Excelsior em 1968. Simone Marques é uma artista plástica que se apaixona por Cristiano Viana, mas troca de identidade após ser deixada pelo marido e sofrer um acidente de carro. Sucesso de audiência, o papel de Simone (e seu alter ego Rosana Reis) foi interpretado por Fernanda Torres no remake transmitido em 1986.

  • Divulgação

    Cecília, em "Carinhoso" (Globo, 1973)

    Protagonizada por Regina Duarte, a novela "Carinhoso" teve de ser encerrada antes do normal quando a gravidez da atriz, que deu à luz Gabriela em 1974, não podia mais ser escondida com o figurino da aeromoça disputada por dois irmãos, interpretados por Marcos Paulo e Claudio Marzo.

  • Reprodução

    Bárbara, em "Fogo Sobre Terra" (Globo, 1974)

    Na novela bastante censurada pelo regime militar, Regina viveu uma moça que cresceu na cidade grande e não conhecia sua mãe biológica, moradora de uma pequena cidade ameaçada pela construção de uma usina hidrelétrica. Bárbara foi disputada por dois irmãos, um contra a construção da usina, interpretado por Juca de Oliveira (na foto), e outro a favor da obra, personagem de Jardel Filho.

  • Reprodução

    Nina, em "Nina" (Globo, 1977)

    Na conservadora São Paulo da década de 1920, Nina era uma professora contestadora, que batalhava pela conquista dos direitos da mulher. Tema que não agradou muito a censura do governo, que já havia proibido a veiculação da novela "Despedida de Casado" em 1976, quando já tinha dezenas de capítulos gravados.

  • Divulgação

    Maria Lúcia Fonseca, em "Malu Mulher" (Globo, 1979)

    Cada vez mais distante do estereótipo de "namoradinha", Regina Duarte interpretou a batalhadora e realista Malu, divorciada e responsável pela criação de uma filha adolescente, o que naquela época ainda era mal visto pela sociedade. Sucesso de público, a trama foi retransmitida em diversos países.

  • Reprodução

    Luana Camará, em "Sétimo Sentido" (Globo, 1982)

    A paranormal Luana, personagem de Regina, desiste de lutar contra uma poderosa família em busca de sua herança e sai do país. Em seu lugar surge a atriz italiana Priscila Capricce, na verdade a própria Luana, que incorporou o espírito da atriz, em uma nova parceria de Regina com a autora Janete Clair e o ator Francisco Cuoco.

  • Reprodução/Nilson Xavier

    Joana Martins, em "Joana" (Manchete e SBT, 1984)

    A jornalista Joana Martins é uma mulher engajada, que batalha para conciliar o trabalho com a vida familiar. Divorciada do casamento com o advogado Jorge, com quem teve três filhos, a repórter investigativa busca a felicidade ao lado do professor Guilherme.

  • Divulgação

    Viúva Porcina, em "Roque Santeiro" (Globo, 1985)

    A volta de Regina Duarte à TV Globo aconteceu em grande estilo. Impedida de exibir a novela em 1975, a emissora convidou a atriz para o papel principal de "Roque Santeiro" após Betty Faria não aceitar retomar a trama. Pouco discreta, Porcina viveu um triângulo amoroso com Sinhozinho Malta, personagem de Lima Duarte, e o personagem título, interpretado por José Wilker.

  • Divulgação/TV Globo

    Raquel Accioli, em "Vale Tudo" (Globo 1988)

    Na trama de Leonor Bassères, Gilberto Braga e Aguinaldo Silva, Regina Duarte interpretou a batalhadora Raquel, que é enganada e desprezada pela própria filha, Maria de Fátima (Glória Pires). Obrigada a reconstruir a vida do zero, Raquel se torna uma empresária de sucesso, enquanto a filha continua uma vida de golpes em busca de prestígio e dinheiro.

  • Reprodução

    Maria do Carmo Pereira, em "Rainha da Sucata" (Globo, 1990)

    Filha de um dono de ferro-velho, Maria do Carmo não consegue se livrar do apelido de "sucateira" mesmo após se tornar uma empresária de sucesso. Após perder seu patrimônio em meio às manobras do desonesto Renato, interpretado por Daniel Filho, é a partir de um ferro-velho que Maria do Carmo reconstrói sua vida.

  • CEDOC/TV Globo

    Helena Soares, "História de Amor" (Globo, 1995)

    Primeira Helena da atriz, Regina Duarte interpretou uma mulher batalhadora na trama das seis de Manoel Carlos. Separada do primeiro marido, Helena se apaixona pelo médico Carlos, interpretado por José Mayer, que por sua vez se vê preso à possessiva Paula, personagem de Carolina Ferraz com quem estava de casamento marcado.

  • Divulgação/TV Globo

    Helena Viana, em "Por Amor" (Globo, 1997)

    A parceria com Manoel Carlos voltou pouco mais de dois anos depois, desta vez no horário nobre (na época, "das oito"). Contracenando com a filha Gabriela no papel de Eduarda, a segunda Helena de Regina Duarte viveu cenas que marcaram o público, como o parto simultâneo em que, ao saber da morte prematura do neto, resolve trocar as crianças.

  • Gianne Carvalho/TV Globo

    Andréa Vargas, em "Desejos de Mulher" (Globo, 2002)

    A sofrida personagem de Regina Duarte, que entre outras coisas descobre que é filha ilegítima, é traída pelo marido, pela melhor amiga (que mais tarde é revelada como sendo sua irmã biológica) e perde a memória, nem de longe fez o mesmo sucesso dos cinco papeis anteriores da atriz, que voltava a contracenar com Glória Pires, desta vez no papel da irmã Júlia, que de antagonista virou mocinha no decorrer da trama.

  • Divulgação/TV Globo

    Helena Camargo Varela, em "Páginas da Vida" (Globo, 2006)

    Terceira Helena de Regina Duarte, a médica interpretada pela atriz conquistou o país ao adotar Clara, interpretada por Joana Mocarzel, garota com síndrome de down que, após a morte da mãe durante o parto, é rejeitada pela avó. Além dos dilemas envolvendo a criação da filha, Helena se vê dividida entre o ex-marido, interpretado por José Mayer, e uma antiga paixão, Diogo, personagem de Marcos Paulo.

  • Divulgação/TV Globo

    Waldete, em "Três Irmãs" (Globo, 2008)

    O papel da governanta Waldete, "com W", foi escolha de Regina Duarte, a quem foi oferecido o papel da mãe das irmãs do título. Bem humorada e sem papas na língua, Waldete é querida e odiada ao mesmo tempo, mas carrega um segredo que a aparência descontraída não escondeu por muito tempo. Apesar do papel secundário, Regina era creditada antes dos demais colegas de elenco nos créditos da novela.

  • Divulgação

    Clô Hayalla, em "O Astro" (Globo, 2011)

    No remake da trama de Janete Clair, exibida originalmente em 1977, Regina interpretou o papel que foi da atriz Teresa Rachel, desta vez ainda mais melodramática, fútil e extravagante. Sem encontrar a felicidade no casamento com Salomão Hayalla, cuja morte se tornou o mistério da trama, Clô tem um caso com o jovem Felipe, interpretado por Henri Castelli.

  • Marcello Sá Barretto e Alex Palarea/AgNews

    Esther Viana, em "Sete Vidas" (Globo, 2015)

    Viúva após a morte da esposa Vivian, com quem teve dois filhos gerados por inseminação artificial, Esther é independente e tem ideais libertários. Na trama de Lícia Manzo, a personagem de Regina Duarte tem uma recaída por José Renato, uma paixão da adolescência, interpretado por Jonas Bloch.

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