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Dez curiosidades sobre a vida e a carreira de Djavan

27/01/2019 07h00

Neste domingo (27/1/2019), Djavan completa 70 anos! Com tudo para ser jogador de futebol, ele se apaixonou pela música e chegou até a fugir de casa para escapar da carreira militar e seguir sua vocação. Confira esses e outros detalhes sobre a vida do músico.

  • Jamylle Bezerra/Divulgação

    Criado pela mãe

    "[Minha mãe] Sustentou a família sozinha: eu, mais dois irmãos e dois primos. A pessoa criada só pela mãe ou pelo pai tem metade da referência prejudicada. Meu pai morreu quando eu tinha três anos. Na verdade, ele sumiu da nossa vida. Nunca soube se meu pai realmente morou com minha mãe. Mas ela, uma nordestina arretada, teve força para criar todos e fez de cada um de nós pessoas de bem", revelou Djavan em entrevista ao Estadão

  • Divulgação

    Meio de campo

    Nascido em Maceió (AL), na adolescência, o jovem Djavan Caetano Viana tinha outros interesses. Ele jogava futebol como meio de campo no time juvenil CSA e seguir a carreira profissional não parecia uma má ideia. Porém, foi só ser apresentado a um violão e aprender a tocar o instrumento, aos 16 anos, que ele logo descobriu sua verdadeira vocação

  • Alex Palarea/AgNews

    Sonho da família

    Djavan estava acostumado a ver a mãe cantar e, em casa, ouvia referências como Ângela Maria e Nelson Gonçalves, o que fazia o seu interesse musical aumentar a cada dia. Mas o sonho da família de enviá-lo à Academia das Agulhas Negras, em Resende (RJ) para que se tornasse militar, fez com que o rapaz fugisse de casa. Foi ao se abrigar na casa de um parente, em Recife, que decidiu de uma vez por todas: seria artista. "Quando voltei para Maceió, decidido a ser cantor, eles [a família] aceitaram a ideia. Aí, com amigos, fundei a banda LSD, que fazia cover dos Beatles e passamos a tocar em bares. Paralelamente, eu fazia shows solo de voz e violão, e um dos lugares onde me apresentava era o restaurante A Portuguesa, no CRB, clube rival do CSA", relembrou em conversa com o Correio Braziliense

  • Divulgação

    Vida de cantor

    Depois de se firmar no Rio, Djavan viu a fama começar a sorrir para ele, aos 23 anos. "Comecei a compor aos 18 anos, mas não era nada que tenha valido a pena. Daquela produção inicial, guardei apenas a canção 'Quantas voltas dá meu mundo', que incluí no repertório do 'A voz, o violão, a música de Djavan', o meu disco de estreia, lançado em 1976", relembrou o cantor em entrevista ao Correio Braziliense. Segundo ele, o início da carreira não foi fácil

  • Divulgação

    Música estranha

    No início de sua carreira no Rio, Djavan procurou o famoso radialista Adelson Alves e João Melo, da Som Livre, ambos desencorajaram o jovem cantor, pontuando que sua música era "estranha". O produtor Waltel Branco concordou, mas pediu ao rapaz que não mudasse nada em seu trabalho. A dica deu certo, e Djavan acabou tornando-se conhecido nacional e internacionalmente

  • Divulgação

    Companheirismo musical

    "O Caetano Veloso, que fez show numa das eliminatórias do festival Abertura, quis conhecer mais do meu trabalho. Alguns artistas consagrados começaram a pedir música. Fiz 'A ilha', para Roberto Carlos; e 'Álibi', para Maria Bethânia. Essa canção deu título ao disco dela de 1980, que vendeu 1 milhão de cópias. Bethânia foi a primeira cantora da música popular brasileira a chegar a esse patamar de vendagem. Com o Chico, fui a um festival em Cuba e, na volta, compusemos em parceria 'Alumbramento', nome também do meu terceiro disco; e gravei com ele 'A rosa'", contou Djavan em entrevista ao Correio Braziliense, ponderando serem muitos os momentos em que ele e Caetano firmaram parcerias e trocas

  • Taiz Dering/Divulgação

    Discos emblemáticos

    Ao ser questionado pelo Correio Braziliense sobre quais seriam os seus discos mais emblemáticos, Djavan não pestanejou: "O primeiro, sem dúvida, por me apresentar por inteiro ao público, que teve produção de Aloísio de Oliveira. Foi ele que escolheu 'Flor de lis', entre as mais de 60 que o entreguei, como música de trabalho. O segundo, Luz, que trazia músicas como 'Açaí', 'Pétala' e 'Samurai' e a participação de Steve Wonder, vendeu 600 mil cópias e me fez chegar a um número bem maior de pessoas também é muito importante em minha discografia. E cito ainda o 'Djavan ao Vivo', de 1999, que atingiu a marca de 2 milhões de cópias comercializadas"

  • Isadora Brant/Folhapress

    Lei Rouanet

    "Nunca usei e nunca vou usar [a Lei Rouanet]. Não gosto de fazer show nem para prefeituras. Quem vai pagar? Se é o povo eu não quero. Rejeitei muito convite. Eu nunca usei porque não preciso e não acho que eu deva usar um dinheiro que pode ser melhor aplicado. Acho que tem muita gente que precisa ser ajudada pela Lei Rouanet. O Brasil é enorme, precisa de cultura em todos os quadrantes. O povo precisa usufruir disso. Faz sentido. Não reclamo de quem usa. Eu é que peguei para mim a coisa de não recorrer à Lei Rouanet", ponderou Djavan em entrevista à Folha de S.Paulo

  • Taiz Dering/Divulgação

    Sozinho

    "Sempre fui um pouco à margem. Teve a turma da Bahia, de Pernambuco, do Ceará, mas não teve a turma de Alagoas. Fui meio sozinho nessa trajetória. Eu nunca atrelei a minha carreira ao mercado, nunca foi preponderante no meu fazer. Sempre ignorei o mercado, corri por fora", garantiu o músico em entrevista à Folha de S.Paulo

  • Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem

    Faz tudo

    Em 2018, Djavan explicou à Folha de S.Paulo que há pelo menos 15 anos é quem, sozinho, faz a música, a letra, toca, canta, produz e faz os arranjos de seus trabalhos. Além disso, entre os grandes nomes da MPB, foi o primeiro a promover uma produção independente, abrindo sua gravadora, Luanda, em 2001. "Eu tinha produtores, todos eles ótimos, competentes, mas havia incompatibilidade. Porque o produtor leva o disco para onde ele quiser, independente do que foi gravado. Essas questões começaram a me mostrar a necessidade de eu mesmo produzir os discos. Eu chamava, às vezes, amigos talentosos, que faziam arranjos lindos, mas completamente inadequados para o que eu queria. Cheguei a gravar alguns, contra a minha vontade, só para não desagradar o amigo, Assim, para evitar essa saia justa, passei a produzir os discos", revelou, contando não participar de festivais musicais no Brasil por fugirem à sua proposta de trabalho

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