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12 fatos sobre a vida e obra de Fernanda Montenegro

Reprodução/Facebook @fernandamontenegrooficial
Imagem: Reprodução/Facebook @fernandamontenegrooficial

16/10/2018 08h00

Fernanda Montenegro está completando 89 anos nesta terça-feira (16/10/2018).  A atriz tem uma extensa trajetória no teatro, cinema e TV. Autora do próprio nome artístico, ela casou virgem, atuou em mais de 160 peças somente entre 1956 e 1965, teve duas gestações complicadas, recusou ser ministra da Cultura e muito mais! Confira outras curiosidades sobre a artista.


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  • Reprodução

    Nome verdadeiro

    Fernanda Montenegro foi registrada como Arlette Pinheiro Esteves da Silva. Desde que se casou, passou a ser Arlete Pinheiro Monteiro Torres. O nome artístico, pelo qual ficou conhecida no Brasil e no mundo, veio depois, em uma época em que a imaginação fértil da artista já a havia transformado em uma escritora

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    Arte na veia

    Com cerca de 12 anos, a futura atriz passou a investir seu tempo no cinema e ia ao menos três vezes por semana assistir aos filmes em cartaz, muitas vezes emendando um após o outro. Na infância, já participava de peças de teatro, fosse na escolinha ou na igreja. Sobre a família, explicou em entrevista à revista Marie Claire: "Eles me apoiaram porque viram que eu não era leviana, que a minha decisão não era gratuita, não era um capricho adolescente de disputa de poder com a família. Era vocação mesmo"

  • Divulgação

    Carreira no rádio

    Prestes a fazer 15 anos, Fernanda, ou melhor Arlete, se inscreveu em um concurso como locutora na Rádio Ministério da Educação e Cultura. A iniciativa deu tão certo que foi lá que a jovem permaneceu por dez anos, atuando como locutora, escritora e atriz de rádio-teatro. Nessa época criou o pseudônimo pelo qual ficaria conhecida, Fernanda Montenegro

  • Arquivo O Dia

    Currículo na teledramaturgia

    A experiência de Fernanda Montenegro é bem vasta e, portanto, difícil de resumir. No cinema, seu primeiro trabalho foi como dubladora em "Mãos Sangrentas" (1955). Como atriz, estreou dez anos depois, em "A Falecida". No teatro, estreou em 1950 na peça "As alegres canções da montanha". Foi a primeira atriz a ser contratada pela TV Tupi, em 1951. Ela esteve em filmes como "Central do Brasil", "O Auto da Compadecida", "O Tempo e o Vento", "Casa de Areia", "Eles Não Usam Black-Tie", "Redentor" e "O Amor Em Tempos de Cólera". Ao lado do marido, formou a própria companhia, o Teatro dos Sete, que contava também com Sergio Britto, Ítalo Rossi, Gianni Ratto, Luciana Petruccelli e Alfredo Souto de Almeida. A primeira peça estrelada por eles, "Mambembe" (1959), foi um sucesso estrondoso. Ainda nos palcos fez sucesso com "Da Gaivota". Só entre 1956 e 1965, esteve em mais de 160 peças apresentadas no programa Grande Teatro Tupi. Já na TV, estreou na Globo em 1981, a convite de Manoel Carlos e com uma personagem escrita especialmente para ela na novela "Baila Comigo". Também esteve em "Brilhante", "Zazá", "Belíssima", "Guerra dos Sexos", "Cambalacho", "Sassaricando", "A Rainha da Sucata", "As Filhas da Mãe", "Passione", "Esperança", "Saramandaia", "Babilônia", "O Outro Lado do Paraíso" e muitas outras

  • Divulgação

    Teatro, cinema e TV

    Sobre a relação com os diferentes tipos de mídia, Fernanda soltou o verbo em entrevista à revista Marie Claire em 2016: "Eu atuo na felicidade. Faço televisão porque gosto. O trabalho nas minhas novelas, boas ou más, tem muita alegria. Eu me relaciono bem com o elenco, entendo a mecânica, executo e não fico elucubrando. Teatro é diferente, é uma opção de ação e de produção. Escolho os textos que quero fazer no palco. Bons ou maus, a escolha e a responsabilidade são minhas. Não sou contratada para fazer mais uma peça. O cinema é mais de amor mesmo. Ele faz parte da minha vida porque cresci vendo cinema. Meus pais iam ao cinema três vezes por semana. Era uma época em que não havia televisão, e o cinema de bairro era a grande diversão. Mas cinema não alimenta. Você faz um filme a cada cinco anos. Fiz poucos filmes, mas bons, filmes conhecidos, com prêmios internacionais. Trabalhei com diretores ótimos, elencos ótimos. Não estou aqui fazendo a boa moça. É verdade"

  • Lenise Pinheiro

    Vida política?

    Em 1985, a atriz foi convidada para ser ministra da Cultura do governo de José Sarney. Respondendo ao alvoroço causado pela mídia diante da situação, Fernanda escreveu uma longa carta recusando a oferta, dizendo em determinado trecho: "Não é fácil dizer não. Não vejo que seja mais fácil decidir pelo teatro. Ou mais seguro. O teatro nunca foi fácil ou seguro. Mas esse é o meu lugar"

  • Reuters

    Oscar

    "Um dia, o Walter Salles me chamou: 'Fernanda, gostaria que você lesse um roteiro'. Eu li e achei lindo, simples. Uma equipe pequena. Começamos. Não se esperava isso tudo. Fizemos um filme quase em segredo. Um dia, o filme ficou pronto. Começamos a levantar prêmios por onde a gente ia, e chegamos ao Oscar", contou a atriz para o site Memória Globo sobre o caminho para o Oscar trilhado com o filme "Central do Brasil". Em 1999, horas depois do anúncio das indicações, Fernanda foi convidada do programa Late Show With David Letterman, na época, um dos talk shows mais populares dos EUA. Ela, que tornou-se a primeira brasileira a concorrer à premiação, divertiu a plateia e afirmou ser o azarão. Por fim, quem levou a estatueta para casa foi Gwyneth Paltrow por "Shakespeare Apaixonado"

  • Getty Images

    Outras premiações

    Ainda com "Central do Brasil", Fernanda Montenegro levou o Urso de Prata, no Festival de Berlim, o título de Melhor Atriz no National Board of Review e uma indicação ao Globo de Ouro. Com o filme "O Outro Lado da Rua", conquistou os prêmios de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Tribeca e no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro. Em 2013, Fernanda Montenegro tornou-se a primeira atriz latino-americana a ganhar o Emmy graças a seu desempenho como Dona Picucha, de "Doce de Mãe". Em 1952, já havia mostrado seu potencial, quando ganhou o prêmio de Atriz Revelação da Associação Brasileira de Críticos Teatrais por seu trabalho em "Está Lá Fora um Inspetor", de J.B. Priestley, e "Loucuras do Imperador", de Paulo Magalhães. Em setembro deste ano, foi a grande homenageada na festa da Academia Brasileira de Cinema

  • Divulgação/TV Globo

    Disposição

    "No teatro, tudo depende da encenação que se tem, da dramaturgia. É um trabalho que exige mais do desempenho do ator, que só tem aquele instante para acertar e se conectar com o público. Na televisão, o trabalho pode ser refeito, maquiado, editado e transformado inúmeras vezes. É um produto industrial que tem reposição de peças. A televisão te transforma: te bota para cá, para lá, cabelo branco, cabelo preto, roupa de época", afirmou ao site Memória Globo, completando: "Minha principal preocupação é trabalhar em estado de aleluia. É me pôr em estado de alegria, no sentido grego. Não é rir à toa. É ter entusiasmo, estar disposta a ser feliz"

  • Reprodução/TV Globo

    Beijo em atriz

    Algo além do talento fez com que Fernanda Montenegro se tornasse assunto comentado em 2015. Na novela "Babilônia", ela viveu Teresa, casada com Estela (Nathalia Timberg). Logo no primeiro capítulo da novela, as duas atrizes deram um beijo, o que causou polêmica na ocasião. O mesmo alvoroço já havia acontecido quando a atriz viveu um romance conturbado com Renata Sorrah na peça "As lágrimas amargas de Petra von Kant", de 1982, o que levou a mídia da época a espalhar o boato que as duas viviam um caso e por conta disso o casamento de Fernanda estaria em crise. Mas as fofocas não intimidaram a atriz que, em 2013, deu um beijo em Camila Amado como forma de protesto contra a escolha de Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara

  • Divulgação

    Família

    Fernanda Montenegro se casou virgem aos 23 anos com o ator Fernando Torres [que morreu em 2008], três anos mais velho, em 1953. Na cerimônia, a atriz usou um vestido emprestado da artista Eva Todor. Ela só revelou o nome de batismo para o amado meses após a relação ter se firmado. Juntos - e depois de dez anos de casados -, eles tiveram dois filhos: Cláudio e Fernanda (que hoje segue a mesma carreira que os pais). Ao saber que teria uma menina, o marido foi preciso na escolha do nome: "Fernando disse que queria ter uma Fernanda verdadeira na família. E Nanda se queixa até hoje do pai, que lacrou o nome falso da mãe para ter uma Fernanda real", recordou a atriz ao Extra. Os partos da atriz não foram fáceis e em ambos ela teve hemorragia durante quatro meses

  • AgNews

    Sexo e hipocrisia

    "Vivemos em uma época de aids, que obriga a gente a ver o sexo de uma forma clara. É salutar que se ensine na televisão como não pegar uma doença mortal. Sendo assim, é necessário falar de relações sexuais, homossexuais, heterossexuais, em coitos anais, orais, vaginais. Isso é saúde pública. A gente tem a televisão que o nosso povo quer ver. Tanto que tem audiência. Quando uma pessoa diz que fica constrangida com a violência, com os sexos, com o diabo, é conversa. Se ficasse realmente constrangida, mudaria de canal", pontuou Fernanda Montenegro em entrevista à revista Marie Claire

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