Confrontos entre agricultores e pecuaristas deixam 48 mortos no Chade
Yamena, 22 mai (EFE).- Confrontos entre agricultores e pecuaristas em duas províncias do leste do Chade deixaram 48 mortos e 50 feridos desde a última quinta-feira.
As informações sobre o número de vítimas foram repassadas à Agência Efe por fontes de uma ONG local, por testemunhas e por integrantes da Gendarmaria, a polícia militarizada do país.
"O balanço provisório é de 48 mortos, 25 na província de Sila e 23 na de Ouaddai, além de 50 feridos, 12 deles em estado grave", disse o secretário-geral da Convenção Chadiana para a Defesa dos Direitos Humanos, Mahamat Nour Ahmat Ibedou.
As hostilidades começaram na quinta-feira da semana passada, no leste do país, e continuam desde então.
"Tudo começou quando um grupo de pastores nômades chegou a Agane, um povoado da cidade de Marfa, na província de Ouaddai, para alimentar seus rebanhos em um monte cheio de ervas", explicou em entrevista à Agência Efe uma moradora da região.
"Os agricultores se opuseram, quando começou uma briga que se estendeu para Amchaloka e Amsabarna", completou a testemunha.
O diretor-geral da Gendarmaria Nacional Chadiana, Idriss Miss Moura, afirmou que a intervenção das tropas enviadas à região conseguiu acalmar a situação. Várias pessoas foram detidas e serão levadas a julgamento por envolvimento nos confrontos.
As brigas por terra entre criadores de gado e agricultores na África Subsaariana são recorrentes. No leste do Chade, a disputa coloca os produtores de Ouaddai contra criadores de gados nômades que normalmente passam na região em busca de pastos para os rebanhos.
O presidente do Chade, Idris Déby Itno, denunciou a situação em recente visita à região leste do país. EFE
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