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Preço dos alimentos prejudicou popularidade de Lula, diz diretor da Quaest

do UOL

Do UOL, em São Paulo

27/01/2025 18h41

A subida nos preços de alimentos é um dos motivos que explica o aumento na taxa de reprovação do governo Lula, que chegou a 37% dos entrevistados, avaliou Guilherme Russo, diretor de Inteligência da Quaest, no UOL News, do Canal UOL, nesta segunda-feira (27).

A pesquisa mostra um dado muito importante, que chama muita atenção, respondida pela população, que são os preços dos alimentos. O brasileiro está sentindo o aumento do preço dos alimentos. É a terceira razão que explica a queda na avaliação do governo Lula. Guilherme Russo, diretor de Inteligência da Quaest

Pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje (27) mostra que 37% dos entrevistados avaliam negativamente o governo Lula. Este é o percentual mais alto desde o início do levantamento, que começou em fevereiro de 2023. Outros 31% avaliaram positivamente.

Houve aumento na avaliação negativa em relação à rodada anterior, divulgada em dezembro, que ficou em 31%. Já a avaliação positiva da presidência caiu de 33% para 31%. A margem de erro é de um ponto percentual para mais ou para menos.

Além do preço dos alimentos, a crise do Pix e a frustração na entrega de promessas também ajudam a explicar a falta de popularidade do governo.

Eu queria lembrar que nos Estados Unidos, o professor Steven Levitt, que é autor do Como as Democracias Morrem, escreveu uma coluna no New York Times dizendo o seguinte, 'olha, o eleitor americano se importou muito mais com o preço dos ovos do que com a invasão do Capitólio'. O presidente Lula, sem dúvida, vai ter que se preocupar muito com essa questão da inflação, como ela impacta a avaliação do governo, porque isso vai ter um impacto na eleição de 2026. Guilherme Russo, diretor de Inteligência da Quaest

Lula grava vídeo para falar sobre alta dos alimentos

A primeira-dama, Janja da Silva, publicou neste domingo (26), em suas redes sociais, um vídeo do presidente Lula (PT) na horta da Granja do Torto no qual ele fala sobre a alta no preço dos alimentos. Na gravação, o petista alega diz que está pensando em medidas na área e conter o aumento, uma das principais queixas do brasileiro de renda média.

Em 2024, a inflação dos alimentos foi de 8,23%, enquanto o índice cheio do IPCA variou 4,83%, conforme mostrou a reportagem do jornal Folha de S.Paulo.

Aloysio: 'Acordo entre EUA e Brasil proíbe uso indiscriminado de algemas'

Durante o UOL News, o ex-ministro de Relações Exteriores Aloysio Nunes, disse que o acordo firmado entre Brasil e os EUA, em 2017, proíbe o uso "indiscriminado" de algemas e correntes em brasileiros deportados.

O pacto 'proíbe o uso indiscriminado de algemas e correntes'. Ou seja, o uso que não se justifique por razões sérias de segurança. O acordo também preconiza o tratamento digno e respeitoso dessas pessoas, o que, visivelmente, foi violado neste voo que chegou a Manaus. Aloysio Nunes, ex-ministro de Relações Exteriores

O ex-ministro se refere ao voo enviado pelos Estados Unidos, com 88 brasileiros deportados na última sexta-feira (24). A chegada no Brasil faz parte do acordo firmado entre o então presidente Michel Temer (MDB) e Donald Trump. Aloysio Nunes participou da comitiva que fechou o acordo com os americanos na época.

O pacto prevê que aeronaves tragam de volta quem já não tem mais como recorrer à Justiça norte-americana. Os deportados são, então, pessoas detidas por entrar ilegalmente nos EUA e já não possuem possibilidade de recursos, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Além disso, os termos também falam em "tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados".

Assista ao trecho no vídeo abaixo:

Brasileiro deportado: 'Volta dos EUA foi pior do que a ida'

No UOL News, o brasileiro Thiago Souza, um dos 88 deportados pelo governo americano neste fim de semana, relatou que a volta dos EUA foi pior do que a ida e contou detalhes sobre o sufoco que passou dentro da aeronave.

Sendo bem sincero, não me aconteceu nada durante o caminho todo indo para lá, [se comparado] ao que me aconteceu vindo para cá. Na ida não me aconteceu nada. Para mim, o pior me aconteceu no retorno, por estar nas mãos deles [do governo americano], passar o que a gente passou. Só quem estava ali dentro da aeronave sabe o sufoco que passamos.
Thiago Souza, jovem deportado pelo governo Trump

Assista ao vídeo abaixo

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Assista à íntegra do programa abaixo:

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