EUA: visita de Blinken a Equador e Colômbia envia "claro sinal" de apoio
Em entrevista telefônica antes da visita do chefe da diplomacia americana, Nichols enfatizou a importância da relação com Quito e Bogotá e se referiu aos valores que compartilham, incluindo a "democracia", assim como o desafio à região representado pelos fluxos migratórios procedentes de Venezuela e do Haiti.
"A visita do secretário a Colômbia e Equador envia um sinal claro de que apoiamos democracias vibrantes e inclusivas que respeitem os direitos de seus cidadãos", afirmou Nichols, que acompanhará Blinken na viagem.
Nichols também confirmou que o secretário de Estado vai se reunir amanhã com o presidente do Equador, Guillermo Lasso, e seu ministro das Relações Exteriores, Mauricio Montalvo, em Quito.
Na quarta-feira, ele fará um discurso sobre "os desafios que a região enfrenta" e participará de uma reunião com empresários equatorianos para destacar oportunidades de colaboração com pequenas e médias empresas, incluindo mulheres empresárias.
Depois, Blinken viajará para Bogotá, onde está agendado um encontro com o presidente da Colômbia, Iván Duque, e a ministra das Relações Exteriores, Marta Lucía Ramírez.
Além disso, na quinta-feira ele vai participar de uma reunião para debater a migração regional, que, segundo Nichols, terá como seu "foco substancial" os dois maiores fluxos migratórios do continente, o venezuelano e o haitiano.
O secretário de Estado também vai participar do Diálogo de Alto Nível EUA-Colômbia, no qual vai abordar democracia e direitos humanos com líderes jovens, e de um evento sobre a crise climática.
Quando perguntado sobre a Venezuela, Nichols citou a decisão de Caracas de interromper o diálogo com a oposição após a extradição do empresário colombiano Alex Saab - que estava preso em Cabo Verde - aos EUA.
O subsecretário pediu ao governo de Nicolás Maduro que volte à mesa de diálogo com a oposição venezuelana no México e assim demonstre seu interesse em forjar um futuro melhor para seu povo.
"Se o regime de Maduro fosse mais sério sobre suas preocupações declaradas com o povo venezuelano, ele realmente se reuniria com seus compatriotas e trabalharia para encontrar soluções", declarou.
"E se avançar nessa direção, os Estados Unidos dará boas-vindas", acrescentou.
Nichols comentou que o governo Maduro coloca "seus próprios interesses" ou talvez os de "uma só pessoa" acima dos do povo venezuelano.
Ele argumentou que as conversas no México deveriam levar à "restauração pacífica da democracia", ao fim das violações dos direitos humanos e ao alívio da grave crise humanitária na Venezuela.
As declarações de Nichols foram dadas depois que o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, criticou o anúncio do governo venezuelano de que não participaria mais das conversas com a oposição no México.
A quarta rodada do diálogo deveria ter começado no último domingo (17) na capital mexicana.
Saab teve sua primeira audiência em um tribunal do sul da Flórida nesta segunda-feira. Ele é alvo nos EUA de sete acusações de lavagem de dinheiro e uma de conspiração para cometer lavagem de dinheiro.
O empresário colombiano foi preso em 12 de junho de 2020 em Cabo Verde sob um mandado de prisão emitido através da Interpol e foi extraditado no último sábado para os EUA. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.