Rachadinha: Vídeos mostram supostas operações de gabinete de Márcio Pacheco
A Globonews divulgou hoje imagens de supostas operações do esquema de "rachadinha" na Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro). Desta vez, envolvendo o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC-RJ).
Segundo o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), mais de R$ 1 milhão foi desviado no esquema. O dinheiro, que viria do salário de assessores do deputado, seria utilizado, entre outras coisas, para pagar o aluguel de uma casa de Pacheco em um condomínio de luxo na Barra da Tijuca.
Entre 2016 e 2017, de acordo com os promotores, o proprietário do imóvel recebeu R$ 60 mil do chefe de gabinete do deputado, André Santolia, em oito transferências. Taxas de condomínio e mensalidades do colégio dos filhos de Pacheco também seriam despesas pagas com dinheiro do esquema.
De janeiro de 2016 a março de 2019, o MP mapeou 208 transferências de assessores para Santolia, somando R$ 1.024.114,91. Ainda segundo a Globonews, promotores classificaram Márcio Pacheco como "o autor de todo o plano criminoso".
Em depoimento, ex-assessores afirmaram que devolveram dinheiro a Santolia como pagamentos de empréstimos e para a criação de um fundo solidário.
Os vídeos apresentados pelo canal foram registrados em uma agência dentro da Alerj, em três dias, entre outubro e dezembro de 2018. Segundo laudos, tudo indica que as imagens registram justamente as atividades de Santolia, apontado como operador financeiro de Márcio Pacheco. Nas filmagens, o homem aparece fazendo saques e depósitos em valores idênticos ou semelhantes com pouco tempo de diferença entre as operações.
O MP pediu a suspensão da função pública do deputado, do assessor e de outras quatro pessoas, além da busca e apreensão de computadores e celulares de Márcio Pacheco e André Santólia. À Rede Globo, Pacheco disse que a denúncia distorce fatos.
"Não há nenhum depósito na minha conta, de nenhum servidor. Nunca recebi nada nesse respeito. O que aconteceu em relação ao André Santolia é um processo que ele mesmo apresentou à Justiça, se colocou à disposição, e prestou esclarecimentos a respeito, não havendo nenhuma irregularidade. Eu provei que também não tinha absolutamente nada a ver e não recebi de nenhum servidor", disse o deputado.
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