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Quatro brasileiras que morreram acusadas de bruxaria

Imagens da prática medieval habitam o imaginário por meio de games, filmes e séries, mas a morte por acusação de bruxaria ainda ocorre nos dias atuais, embora usando outros "meios" - Reprodução/StakeDamsels
Imagens da prática medieval habitam o imaginário por meio de games, filmes e séries, mas a morte por acusação de bruxaria ainda ocorre nos dias atuais, embora usando outros "meios" Imagem: Reprodução/StakeDamsels

do BOL

13/01/2017 10h00

Uma lista de pessoas executadas por bruxaria, disponível na Wikipedia, a enciclopédia livre da internet, traz o registro de dezenas de pessoas que morreram na fogueira nos séculos passados e até casos atuais de acusação de bruxaria. E o que chamou a atenção do BOL foi o fato de que três mulheres da lista dos séculos 17 e 18 são brasileiras, as quais teriam sido executadas em São Paulo.

Embora seja difícil comprovar historicamente os relatos, as histórias têm em comum o fim trágico para mulheres vítimas de boatos, situação que se repetiu com outra brasileira centenas de anos depois, em 2014, quando uma dona de casa foi linchada até a morte. Esse último caso, infelizmente, é comprovadamente real, ocorrido diante dos nossos olhos, e a vítima era inocente.

Conheça a seguir as histórias dessas quatro brasileiras que morreram acusadas de bruxaria.

  • Reprodução/Pinterest

    Mima Renard

    Bela e cobiçada, a franco-brasileira Mima Renard mudou-se da França para o Brasil com o marido, que foi morto por um pretendente da mulher. Mima passou a se prostituir para sobreviver, e as mulheres da vila começaram a acusá-la de atrair os homens com feitiços. Numa ocasião, dois de seus clientes brigaram e um deles foi assassinado. Mima foi denunciada ao padre local pelas esposas de seus clientes, sendo acusada de bruxaria. Foi julgada, condenada e executada em uma fogueira pública, em São Paulo, em 1692 (imagem ilustrativa).

  • Reprodução/Pinterest

    Ursulina de Jesus

    Ursulina de Jesus foi acusada de bruxaria por seu marido, Sebastiano de Jesus, alegando que ela o havia deixado estéril pelo uso de magia. A amante de Sebastiano, Cesária, confirmou o testemunho no tribunal. Ursulina foi julgada e condenada por heresia e bruxaria e foi executada em uma fogueira pública, em São Paulo, em 1754 (imagem ilustrativa).

  • Reprodução/Wikimedia

    Maria da Conceição

    Maria da Conceição era uma mulher de notáveis conhecimentos sobre ervas medicinais, que eram usadas para preparar medicamentos para pessoas doentes. Um padre da região era contra as ações de Maria da Conceição e, num desentendimento, acusou-a de heresia e bruxaria. A mulher foi condenada à morte na fogueira, sendo executada em São Paulo, em 1798 (imagem ilustrativa).

  • Reprodução

    Fabiana de Jesus

    Fabiana Maria de Jesus não foi acusada formalmente de bruxaria como as outras mulheres desta lista, mas foi "julgada e condenada" covardemente por populares por causa de um boato sobre magia. A história de uma mulher que sequestrava crianças para realizar rituais de magia negra circulou na internet como sendo verdadeira, com direito até a retrato falado da suspeita. Tudo não passava de um boato, mas Fabiana de Jesus, de 33 anos, foi vista dando frutas para um garoto em Guarujá (SP), e a mãe do menino a achou parecida com a imagem do retrato falado. Cerca de 100 pessoas que estavam nos arredores lincharam Fabiana, que morreu segurando uma Bíblia. Posteriormente foi provado que ela era inocente. O fato aconteceu em 3 de maio de 2014, e cinco dos acusados de linchamento foram presos. O líder da agressão foi condenado a 30 anos de prisão.

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