10 episódios que você precisa conhecer sobre Milton Nascimento
A timidez é uma das marcas de Bituca, ou Milton Nascimento, mas não é a única. O talento musical também é característica do artista, que completa 76 anos nesta sexta-feira (26/10/2018).
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Bituca
Na infância, Milton já tinha uma marca registrada: fazia bico toda vez em que era contrariado. Assim, ganhou o apelido, que ainda hoje perdura, Bituca
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Órfão
Filho de mãe solteira, nascido no Rio de Janeiro, Milton ficou órfão aos dois anos e foi morar com a avó em Juiz de Fora (MG). Lília, filha da patroa, havia acabado de se casar e demonstrou interesse em adotar o menino - o que aconteceu. Aos seis anos, ele se mudou com os pais para Três Pontas (MG)
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Música
Enquanto o pai adotivo, Josino Campos, era dono de uma rádio, a mãe, Lília Campos, era professora de música. Com ela, Milton aprendeu a tocar sanfona, gaita e violão. Dos 13 aos 20 anos, contou com o amigo Wagner Tiso para atuar em conjuntos musicais e fazer algumas apresentações. Aos 18, passou a compor, aos 20, gravou a primeira canção de sua autoria - com o conjunto Holiday
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Vestibular
Em 1963, Milton Nascimento se mudou para Belo Horizonte (MG). A ideia era prestar vestibular para Economia, mas, cada vez mais, o artista viu-se envolvido com projetos musicais. Passou a tocar em bares locais, apresentando, constantemente, canções de sua autoria. Paralelamente, também trabalhava em um escritório de contabilidade
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Elis Regina
Em 1966, Milton foi para São Paulo e, lá, conheceu Elis Regina, que gravou "Canção de Sal", sendo o primeiro grande nome do mercado a dar voz a uma canção do artista. A sintonia entre eles fez com que Elis se tornasse musa inspiradora e intérprete favorita de Bituca. A recíproca era verdadeira, uma vez que foi a cantora a autora da célebre frase "Se Deus tivesse uma voz, seria a de Milton Nascimento"
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Vinícius de Moraes
Quem também reconheceu de cara o talento de Milton foi o poeta Vinícius de Moraes, que, em entrevista ao O Globo, definiu o artista - com então 24 anos - como um jovem "mais propenso a ouvir do que a falar, que desponta como uma das maiores expressões renovadoras da música brasileira"
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Travessia
Foi em 1967 que Milton Nascimento estourou para o Brasil. No II FIC (Festival Internacional da Canção), realizado no Maracanãzinho lotado e transmitido pela Globo, ele emplacou nada menos que três músicas de sua autoria classificadas para a semifinal. "Maria, Minha Fé" terminou entre as 15 primeiras colocadas, "Morro Velho" ficou na sétima posição e "Travessia" (cuja letra foi escrita pelo repórter Fernando Brant), por sua vez, marcou o evento, conquistando o segundo lugar e deixando Milton com o título de Melhor Intérprete. Encantada, Elis Regina tratou de gravar a canção menos de um mês após o festival
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Casamento relâmpago e filhos
Em 1968, Milton Nascimento casou-se oficialmente com Lurdeca, mas, um mês depois, veio a separação. Em 1997, a Folha de S.Paulo entrevistou outra mulher importante na vida do artista, Cáritas, com quem ele se relacionou entre os anos 1960 e 1970. Aliás, segundo a publicação, o cantor assumiu a paternidade simbólica de Pablo, filho da ex, de quem se afastou no período do regime militar após ameaças contra o garoto. Já em maio deste ano, ao falar com Pedro Bial, Milton contou sobre outro filho, Augusto, de 24 anos, por meio de quem realizou o sonho de ser pai: "Tentei várias vezes, nunca deu certo, até que finalmente apareceu alguém na minha vida. Eu conheci o Augusto quando ele tinha 13 anos através de uns amigos de Juiz de Fora e a gente ficou amigo. Soube que ele não tinha uma boa relação com o pai biológico e perguntei: 'Você quer ser meu filho?'". A adoção oficial do jovem saiu em 2017, mas eles já são pai e filho há mais de dez anos
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Diretas Já
Em 1983, a música "Coração de Estudante" estourou e tornou-se um dos hinos do movimento Diretas Já. "Menestrel das Alagoas", também de 1983, foi outra canção que marcou o movimento e fez de Milton o compositor mais tocado na campanha e seus comícios
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Sucesso
Em 1980, Milton Nascimento conquistou o seu primeiro disco de ouro com o álbum "Sentinela". Já pelo trabalho feito em "Txai", produzido por meio de experiências em comunidades indígenas, o artista alcançou o primeiro lugar da lista de World Music, da revista Billboard. Realizou shows na Ásia, África, Europa e Américas do Sul e do Norte, firmando parcerias com músicos nacionais e internacionais. Em 1998, levou o Grammy na categoria World Music com o álbum "Nascimento", e, na categoria Melhor Disco Pop Contemporâneo, levou o Grammy Latino, em 2000, com "Crooner". Com uma trajetória tão brilhante, Milton foi tema, mais de uma vez, de enredos de Carnaval
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