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Netanyahu mantém tom desafiador apesar de pedidos por renúncia

22/11/2019 15h04

Por Stephen Farrell

JERUSALÁM (Reuters) - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enfrentou pedidos para que renuncie devido a um escândalo de corrupção nesta sexta-feira, quando membros do governo declararam apoio ao premiê após o surgimento de sinais de discórdia dentro de seu partido.

Netanyahu disse que não deixará o cargo, mesmo depois de ser indiciado por suborno, violação de confiança e fraude -- acusações apresentadas na véspera pelo procurador-geral israelense.

O líder de 70 anos do partido Likud, de direita, nega qualquer irregularidade e rejeitou o indiciamento --o primeiro contra um premiê israelense no cargo-- por vê-lo como uma "tentativa de golpe".

Mas sua capacidade para conduzir o país, mergulhado em uma crise política depois de duas eleições inconclusivas neste ano que não levaram à formação de um governo, está sendo questionada.

O partido de centro Azul e Branco, liderado por seu principal rival, Benny Gantz, emitiu um comunicado conclamando-o a "renunciar imediatamente de todas as posições ministeriais no governo".

A sigla, que tem 33 das 120 cadeiras do Parlamento, uma a mais que o Likud, disse que seus advogados abordaram formalmente os escritórios do premiê e do procurador-geral dizendo ser "imperativo" que Netanyahu entregue o cargo.

Pela lei israelense, como primeiro-ministro ele não é obrigado a fazê-lo, mas como a nação ruma para uma provável terceira eleição em menos de um ano, em breve Netanyahu pode se ver na posição difícil de tentar vencer uma eleição enquanto se prepara para ser processado.

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