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Governo de SP vai usar o ChatGPT na produção de aulas dos ensinos fundamental e médio

7.mar.2024 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, discursa durante visita do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez - Miguel Schincariol/AFP
7.mar.2024 - O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, discursa durante visita do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez Imagem: Miguel Schincariol/AFP

Do Estadão Conteúdo

17/04/2024 18h18Atualizada em 17/04/2024 18h35

O governo do Estado de São Paulo irá utilizar uma ferramenta de inteligência artificial (IA), o ChatGPT, como parte da produção de aulas voltadas a alunos dos anos finais do ensino fundamental e do ensino médio da rede pública de ensino. Atualmente, o material é todo elaborado por professores curriculistas, que são especialistas na área.

A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de S. Paulo e confirmada pelo Estadão. Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que, por ora, trata-se de um "projeto piloto". A pasta ainda negou qualquer possibilidade de excluir professores do processo de produção das aulas.

"Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação. Nele, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula", declarou a Seduc à reportagem.

Apesar de estar cada vez mais difundida, a tecnologia de IA não está imune a erros - ao contrário, é bastante comum que ferramentas como o ChatGPT e outras apresentem informações erradas ou distorcidas.

De acordo com a secretaria, todo o material criado via IA passará por revisão de profissionais de educação. "Esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design", declarou a secretaria.

"Por fim, se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023." Atualmente, São Paulo conta com 90 professores curriculistas.

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