Ceará investe para voltar a ser um dos maioreis produtores de algodão do país
O Programa de Implantação da Cultura do Algodão no Ceará foi criado há pouco mais de dois anos pelo governo estadual em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Federal do Ceará (IFCE). Há algumas semanas foi iniciada a colheita de milhares de hectares (ha) plantados em solo cearense, o que ainda não supre totalmente a demanda das empresas locais, mas mostra potencial para um futuro melhor, visto o resultado nas lavouras.
Em 2019, o aumento superou em 80% o resultado do ano anterior, e a expectativa do estado é colher 3,5 mil hectares em 2020. Além da quantidade, o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Programa de Implantação da Cultura do Algodão no Ceará tem ampliado também a produtividade por área, segundo o coordenador Euvaldo Bringel.
"No ano passado chegamos a 1.800 kg por hectare, e nesse ano acho que vamos para uma produtividade média de 2.500 kg/ha. Acredito que em dez anos a gente volte a ter a nossa produtividade do passado. É importante que a gente continue com esse programa e a Aprece (Associação dos Municípios do Ceará) já se manifestou que quer levar para outras regiões. Nós queremos levar com o pacote controlado para que não volte a dar prejuízo. O governador Camilo Santana já garantiu que vai ampliar", destacou.
O Ceará possui um conjunto de características naturais que o credencia a voltar a ser um grande produtor de algodão se aliado à tecnologia. Nessas primeiras colheitas, o novo produto cearense está apresentando um custo de produção menor que o produzido em outras áreas do País - entre 30% e 50%.
"O Ceará já foi o maior produtor do Nordeste de algodão e o terceiro maior do Brasil. Nos anos 1980, antes do bicudo, a gente chegou a plantar cerca de 1,2 milhão de hectares. Muitas pessoas no Ceará viviam do algodão. Existem estudos já bem sedimentados de que o sol no Ceará produz o melhor algodão do Brasil, com fibras longas, a planta vegeta muito bem com a insolação, então nós temos condições edafoclimáticas (relacionadas ao solo e clima) fantásticas para a questão do algodão", disse Bringel.
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