Trump assina decreto que reduz proteção de redes sociais
Durante coletiva de imprensa, o republicano explicou que, com sua medida, as empresas de mídia social, como Twitter e Facebook, além de gigantes da tecnologia como o Google, não terão mais imunidade legal contra quaisquer ações judiciais pelo conteúdo publicado em suas plataformas. Trump ainda afirmou que as empresas não têm o direito a essa proteção se continuarem a excluir publicações levando em consideração critérios políticos. O presidente americano acusou o Twitter de tomar "posições editoriais" e de "ativismo político" quando intervém na conta de seus usuários. "Eles [as redes sociais] têm poderes para censurar, restringir, editar, moldar, esconder e mudar virtualmente qualquer forma de comunicação entre cidadãos e a grande audiência do público", ressaltou, comparando as mídias sociais a um monopólio. O magnata ainda disse que espera desafios legais contra a sua decisão, mas garantiu que seu governo os enfrentará bem. Ontem (27), pela primeira vez, o Twitter marcou duas postagens do presidente dos Estados Unidos como conteúdo enganoso e pediu que os usuários da rede social "checassem por mais informações" sobre o tema.
A correção foi feita em mensagens que Trump acusava o governo da Califórnia de expandir a votação por cédulas enviadas pelo correio para causar uma eleição "fraudulenta". Abaixo das duas publicações, o Twitter colocou um ponto de exclamação azul com um link para que as pessoas tivessem mais informações.
Horas depois da notificação do Twitter, o republicano usou a própria rede social para fazer críticas. "Twitter está interferindo na eleição presidencial de 2020. Eles estão dizendo que a minha publicação sobre a votação por correio, que levará a uma massiva corrupção e fraude, está incorreta, baseada no 'fact-checking' da fake news CNN e da Amazon Washington Post", escreveu em uma primeira postagem.
"O Twitter está sufocando completamente a liberdade de expressão, e eu, como presidente, não vou deixar isso acontecer", finalizou. (ANSA)
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