Coronavírus provavelmente interrompeu crescimento recorde de empregos nos EUA em março
Por Lucia Mutikani
WASHINGTON(Reuters) - A economia dos Estados Unidos provavelmente fechou empregos em março, encerrando abruptamente um histórico de 113 meses seguidos de crescimento do emprego, à medida que ações rigorosas para controlar a pandemia de coronavírus fecham empresas e fábricas, confirmando que uma recessão está acontecendo.
O relatório de emprego do Departamento do Trabalho norte-americano desta sexta-feira, observado de perto, não refletirá completamente a carnificina econômica que está sendo causada pelo coronavírus. O governo pesquisou empresas e famílias em para o relatório em meados de março, antes que uma grande parte da população estivesse sob algum tipo de isolamento, expulsando milhões de pessoas de seus trabalhos.
O relatório de sexta-feira pode aguçar as críticas ao tratamento da crise da saúde pública por parte do governo Trump, com o próprio presidente Donald Trump enfrentando críticas por minimizar a ameaça da pandemia em suas fases iniciais. Os dados já mostram um recorde de 10 milhões de norte-americanos entrando com pedidos de auxílio-desemprego nas últimas duas semanas de março.
"A economia caiu no abismo", disse Chris Rupkey, economista-chefe do MUFG em Nova York. "Para todos os lugares que você olha, Washington e os governos estaduais não estavam preparados para a rápida disseminação do vírus e os danos devastadores que seriam causados à economia se as empresas fossem fechadas e os trabalhadores enviados para casa."
De acordo com pesquisa da Reuters junto a economias, o fechamento de vagas fora do setor agrícola chegou a 100 mil no mês passado, interrompendo a série de ganhos de emprego que vinha desde outubro de 2010. Em fevereiro foram criados 273 mil postos de trabalho.
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