No Rio, Moro se encontra com Bretas e diretor da Polícia Federal
"Temos muito claro que, sem a cooperação internacional entre as polícias e entre as Justiças, é impossível enfrentar o problema do tráfico de drogas e as organizações criminosas transnacionais", discursou Moro, no primeiro compromisso do dia, no hotel JW Marriot, na praia de Copacabana, na zona sul do Rio.
A visita do ministro, com paradas no gabinete de um juiz-símbolo da Lava Jato e na sede da Polícia Federal no Estado, aconteceu na semana seguinte a uma crise que ele viveu com o presidente Jair Bolsonaro. A possível cisão de sua pasta em duas - Justiça e Segurança Pública -, cogitada por Bolsonaro-, tiraria poderes de Moro. Ele perderia, por exemplo, o controle da PF. O movimento gerou forte reação negativa entre apoiadores do ministro, um possível presidenciável em 2022, e no campo do bolsonarismo. Diante delas, Bolsonaro recuou - pelo menos por enquanto.
O encontro com Bretas na 7ª Vara foi divulgado como demonstração de apoio ao trabalho do magistrado. Moro também conheceu a equipe do juiz, o mais famoso da operação desde que Moro deixou a Justiça Federal para se integrar ao governo Bolsonaro. Sobre a visita à PF, a assessoria do Ministério da Justiça informou apenas ser para "acompanhar os trabalhos". Durante toda a visita, o ministro não falou com os repórteres que acompanhavam a comitiva.
O almoço com Bretas, Valeixo e mais uma pessoa não identificada foi no restaurante Corrientes 348, na Marina da Glória, na zona sul. Eles foram para uma sala privativa e exploraram o cardápio. Pediram, de entrada, empanadas mistas de carne e queijo; para o prato principal, bife ancho, chorizo, farofa de ovos, polenta com queijo e uma batata especial da casa. Beberam água, refrigerante e café, segundo apurou a reportagem. O bife ancho de 600 gramas custa R$ 148.
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